CASA MUSEU

Pensando bem

CASA MUSEU

Na paisagem da manhã a construção mais antiga de Belo Horizonte, hoje Museu Abílio Barreto.

No silencio da fazenda que já não mais existe, o cultivo de sonhos e projeções lançados ao futuro incerto, mas que por certo hoje mostra o que não alcançou a imaginação vivida ontem.

Na intimidade das sensações, o mesmo futuro incerto a respirar da casa antiga mistura de saudosismo e vanguarda. Entre estado e outro o eu presente em seu próprio presente que é meu que bem sei não ser dono dele. Tumulto de conclusões a perceberem na casa antiga a sobriedade de quietude que não dá a menor importância para o que foi para o que é.

Acordo assustado.

Melhor ser o agora do que querer ser o depois incerto, para que de lá eu não esbarre no arrependimento de não ter sido o que quis ser.

Belo Horizonte, 04 dezembro 2010

PRÓPRIO DOS FRACOS

É próprio dos fracos dizerem aquilo que depois não conseguirão sustentar. A empolgação do poder não consegue por si só certificar o próprio poder. Assim é que somos forçados a compreender o incompreensível, aceitar o inaceitável, a admitir o inadmissível e a ouvir discursos e mais discursos a insistirem no expediente de promessas feitas e retidas por sonhos completamente alheios aos rigores da realidade. Assim é que deparamos com a necessidade viva de não permitirmos que a esperança fique exposta ao que parece insistir em remete-la ao desespero.

O irresponsável não consegue assumir a responsabilidade de sua própria irresponsabilidade. São detalhes sinais que mostram e distinguem intenções de interesses a imporem o dizer de tantas contradições.

Ou somos o que somos, ou somos o que querem que sejamos.

Belo Horizonte, 23 março 2005