IRRESPONSABILIDADE SOCIAL

Não dá pra engolir a incompetência capaz de levar tanta gente à morte

IRRESPONSABILIDADE SOCIAL

Já tive a oportunidade de participar e comandar várias campanhas para arrecadação de donativos para atender vítimas das chuvas Brasil afora, quando então eu trabalhava como repórter da Rede Bandeirantes de Televisão.

Um dia fui chamado, por mais uma vez, para comandar nova campanha. Eu que já não trabalhava mais na emissora participei de reunião que terminou em nada. É que propus participar sim, mas com a condição de, a partir daquela campanha, abrir horário na televisão para programa sério e investigativo. Minha intenção era a de após tragédia ir aos pontos atingidos e acompanhar, cobrar e investigar a ação de reparos e a ação preventiva das regiões. Levantar locais de risco e cobrar prevenção.

A direção da Rede Bandeirantes de Televisão em Minas Gerais não aprovou ideia, cobrou patrocínio e a partir daí não fiz mais campanhas para arrecadar donativos. Assim é o Brasil que estamos nele, em que mais vale o sensacionalismo fantasiado de solidariedade, do que atitude que dignifique e preserve o ser humano.

Fica aqui registro do meu respeito e pesar pela morte das mais de 500 vítimas da região serrana do Estado do Rio de Janeiro atingidas pelas chuvas.

Belo Horizonte, 16 janeiro 2011

EM BUSCA DO SINAL

Tem coisa muita coisa que confunde a gente por força da semelhança. Cavalgar pisar do cavalo Noturno parece sempre o mesmo que não é porque cada passo é de um chão de diferente relevo. Mas é interessante sentir pensar no igual dos dias que não são iguais nunca em nada. Tanta ilusão pra brincar sugerir informar o que pode ser a vida da própria vida. Invenção de coisas formas caminhos que brotam de um querer fazer tempo avançar em realização.

Tenho trago comigo compromisso de viagem que faço escondido em meu próprio ser. De dentro desse mundo é que passo passa cavalo Noturno desbravando o que sei não sei de mim. E mesmo que apareçam personagens situações outras, guardo tudo para um libertar que sinto cultivo para o depois quando surgir momento preciso certeiro sinal com devida sinalização. É assim que o assim agora segue seu rumo.

Belo Horizonte, 21 dezembro 2005