Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

terça-feira, 19 de novembro de 2013

LALÁ NERVOSA

Conjuntos dos Painéis Cadinho RoCo, uma bela dica pra presentear quem gosta de arte, a preços bem interessantes
LALÁ NERVOSA
     Lalá é daquelas atleticanas raivosas, só porque o Cruzeiro conquistou título de tricampeão brasileiro no futebol transformou Belo Horizonte em cidade com noite inquietada por foguetes assustadores.  Gente sem consideração, sem juízo, sem educação.
     Lalá com seus vinte e um anos de idade não conseguiu dormir, ficou assustada e com dor no peito, será infarto? Coração aos pulos, mas que artifício é esse em foguete tão estrondoso, prédio todo tremendo?
     Lalá não quer mais saber de futebol, não vai mais torcer pra time nenhum, isso é motivo pra tanta selvageria?
      Cruzeiro tricampeão brasileiro é demais! E essa torcida que grita e celebra noite e dia? Assim fica difícil suportar, ficar quieta não xingar. Bando de...
Belo Horizonte, 19 novembro 2013
“NHANHÁ”
     Caju aparece como intermediário daquelas meninas que gostam de “nhanhá”. Negro, sorridente, agitado, bigode e cavanhaque nos trinques, Caju fala e gesticula sem parar. Favelado assumido, é morador da favela...
- Calma aí chefia. Melhor não abrir o verbo.
     Tudo bem. Caju gosta mesmo é de servir. Participar de uma boa farra e apresentar aquelas meninas que gostam de “nhanhá”. Assim passa a tratar a gente como juiz, promotor, delegado, advogado e por aí afora. Característica própria do seu jeito favelado? Ou será algum trauma por inesperadas “visitas” a uma ou outra delegacia de polícia?
     - Calma aí chefia. O propósito é só causar boa impressão.
     Tudo bem. Caju é trabalhador dedicado. Mas craque mesmo diz ser seu parceiro de estripulias, que ao invés do futebol, teve que ir para o serviço militar obrigatório. Tempo passou levando junto a chance da fama. Mas isso é só detalhe. Importante mesmo para o entusiasmado Caju, é dar alegria àquelas meninas que gostam de “nhanhá”.
     - É isso aí chefia.

Belo Horizonte, 01 agosto 2002