CUMPLICIDADE
SÉRIE XAMÃ dos Folhetos
Cadinho RoCo
CUMPLICIDADE
Existe muito
Jeito do bandido
fingir.
Chega a ser infinito
Jeito do bandido agir.
Primeiro chora pra
depois rir
Simulando ser fortuito
O que termina por
inibir
Investigação do seu
delito.
Xamã não acredita
Na honestidade
De quem credita
Ao bandido
solidariedade
Por perceber nessa
investida
Pura e simples
cumplicidade.
Belo Horizonte, 24 janeiro 2014
FAZ-DE-CONTA
Não é a morte, mas também não é a
vida. Não é a ausência, mas também não é a presença. Não é a vontade, mas
também não é a rejeição. Tudo surgindo com o imponderável agir dos
acontecimentos. Não adianta insistir, resistir ou enfrentar o que surge sem
aparecer, o que instala consequências adversas do querer. Espécie de desafio
que escancara com toda crueza a fragilidade nossa. Não adianta querer acreditar
na força que não consegue escapar de sua própria limitação. Um basta ao
exercício do engano que tenta remediar decepções e constatações tão
elementares. Um basta à mediocridade que insiste em ser dona da situação. Um
basta ao faz-de-conta que não conta nada.
Belo Horizonte, 08 abril 2003
3 comentários:
Bom dia Cadinho
Quanta verdade nestas tuas intensas palavras. Passando para matar as saudades e deixar o meu carinho. Um magnífico final de semana
Beijinhos com ternura e afeto
Gracita
O Xamã é um cão de guarda por instinto. Ele sabe naturalmente em quem confiar. Abraço!
Cadinho
E o ser humano anda tanto assim né?
Se enganando, e querendo enganar.
Para alguns carnaval são os 12 meses do ano, não tiram as máscaras kkkk
tenha um maravilhoso fds =)
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