JÁ VOU
SÉRIE XAMÃ
dos Folhetos
Cadinho RoCo
JÁ VOU
Um pernilongo me acordou
Quatro e meia da manhã
Sono da cama escapou
Dormir mais é tentativa
vã.
Dessa maciez qual lã
Percebo que cão farejou
Eis que surge Xamã
Querendo que eu diga: já
vou.
Assim começa novo dia
Nessa quietude meio fria
Tempo de tempo nenhum.
Disposição então cria
Apetite no corpo em
jejum
Agora cada um é um.
Belo Horizonte, 25 janeiro 2014
HABITAÇÃO
MISTERIOSA
Nascemos uma vez só para renascermos
muitas vezes. Convivemos e deixamos de conviver em lugares que vão abrindo
permissão a outros. Assim vagamos pela vida que levamos a um mundo de encontros
e desencontros marcados por espontâneas sucessões. Ficamos esquecidos e
lembrados. Ficamos desocupados e ocupados por infinidade de recursos que vão
abrindo e fechando acessos.
Somos a própria causa de nossas mudanças e
transformações, marcadas por buscas e anseios. Somos até o que não sabemos ser.
Somos o antes, o agora e o depois também.
Nascemos para a ilusão e para a realidade,
ainda que não consigamos comensura-las. E quando pensamos estar sabendo muito,
deparamos com todos os mistérios a desafiarem e habitarem em cada um de nós.
Belo
Horizonte, 14 abril 2003
2 comentários:
Em nossa realidade, a vida nos chama constantemente para assumirmos nossa missão... De Xamã a pernilongo ou à fome matinal, tudo é o circuito humano da vida pela vida!
Abraço.
Somo a consequencia de nossas atitudes.
tenha um bom fim de semana
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com/
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