SIMPLES DEDUÇÃO
SÉRIE XAMÃ
dos Folhetos
Cadinho RoCo
SIMPLES DEDUÇÃO
Comento com Xamã
o quanto estou impressionado com velocidade do seu crescimento, da sua
transformação a cada dia que passa,
Somos outros
sempre. Eis frase que colho do Xamã colocando-me a pensar em tudo que acontece
com cada um de nós. Do quanto há de mudanças em nossas vidas, do quanto nos
transformamos sempre em outros seres com novas perspectivas e convívios, com
novos rumos e novas aspirações. E isso se dá de maneira tão involuntária que
mal percebemos o tanto de detalhes que escapam a todo momento da nossa mais
aguçada atenção.
Xamã cresce em
corpo, mas, ao que percebo, em conclusões também.
Belo Horizonte, 05 janeiro 2014
CACAU-SELVAGEM
O que estará fazendo o amor em uma flor?
Mais intrigante é percebe-la tão viçosa e tão solitária na sombra da noite,
quando sua natureza é a de formar-se em cachos.
A flor do amor é a de um encantado
cacau-selvagem nascido de intrigante solidão. A árvore jovem ainda, traz
consigo mistério de alguma mensagem. O amor denunciado por essas pétalas
nutridas pela cor da lua, desafia espaço e pensamento a cavalgar em minhas
noites. É sonho florescido por essa realidade a confundir pétalas e peles. É presença
feição estampada por coincidente suavidade.
Cavalo Robiara respira comigo silencio que
estendemos à flor que chega a sugerir voz muito meiga, a só oferecer estímulo
às palavras. Pego-me falando com Robiara que parece indiferente ao que digo.
Será
o amor flor de cacau-selvagem?
Belo Horizonte, 06 fevereiro 2003
4 comentários:
Bom dia! Lindo texto, Cadinho. Poético!
Bom dia Cadinho.
Belo texto.
Eu vim lhe desejar um lindo e abençoado més de janeiro.
Que Deus lhe abençoei e lhe ajude a obter os seus ideais.
Uma ótima semana.
Beijos.
No fundo crescer é ir mudando, é transformação.Nunca paramos o processo de crescimento. Imagino como se sentirá Xamã com tanta e deliciosa conversa...:-)
A flor do amor poderá ser cacau-selvagem ou uma flor de qualquer outro fruto...?
Um texto muito belo!
xx
A natureza do Xamã nos mostra como é simples crescermos e sedimentarmos o que é bom ou não para nós! Na sua "irracionalidade" ele nos ensina...
Abraços.
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