Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DINHEIRO

SÉRIE XAMÃ dos Folhetos Cadinho RoCo
DINHEIRO
     Fosse a vida feita só de dinheiro não tenho dúvida em afirmar que ela seria totalmente sem graça.
     Cão Xamã concorda até porque ele não dá o menor valor ao dinheiro. Já João da Barra diz que o dinheiro é algo que projeta em nós descarga de ilusão sem fim. Pelo dinheiro são cultivados valores fúteis, acontecimentos inúteis, manifestações perigosas e traiçoeiras demais. Das amizades vindas do dinheiro os conflitos se multiplicam numa velocidade estrondosa porque na realidade o dinheiro promove muito mais o conflito do que a paz.
     Cão Xamã boceja, busca lugar estratégico para sua condição de cão-de-guarda, deita e dorme com seu sono leve, levíssimo mesmo. Dinheiro e nada pra ele é a mesma coisa.
Belo Horizonte, 20 fevereiro 2014
NANINHA
     Começou caminhada mui respeitosamente citada e elogiada em discurso, como a doutora Ana Carioca que veio diretamente do Rio de Janeiro, ou mais precisamente de Ipanema, para conhecer trecho da Estrada Real, nas entranhas das Minas Gerais. Aventura abençoada por Bom Jesus do Amparo e seja lá o que Deus quiser.
     Terminou caminhada mui carinhosamente tratada e celebrada como Naninha. Companheira de primeira grandeza a representar, com toda justiça, posição de destaque na então oficializada Turma do Mal. Integrante das mais participativas na bendita caminhada pioneira das mulheres da Estrada Real. Foi ela quem mais teceu elogios às terras de Minas. Foi ela quem mais admirou os encantos da paisagem oferecida pela Serra do Cipó. Foi ela quem mais assimilou os rigores impostos pelas distâncias de cada trecho da caminhada. Naninha foi mesmo força, alegria e estímulo ao que culminou na eterna filosofia da Turma do Mal, ou seja, amar e andar para tudo que maldizem.
Belo Horizonte, 19 julho 2003


3 comentários:

Laura Santos disse...

Uma boa reflexão sobre o dinheiro.
O dinheiro quando é mais do que o necessário cria necessidades fictícias que nos impedem de olhar noutras direcções. Pode suscitar um apego desmedido, e basta ver certas discussões por heranças.
Como o meu sogro costuma dizer; "pobre de quem tem alguma coisa" porque na hora da morte poderá suscitar confusão em seu redor...:-)
xx

Carla Ceres disse...

O Xamã só se importaria com dinheiro se ele conseguisse entender que usamos dinheiro pra comprar território. De território, os cães entendem muito bem e levam o assunto a sério. :) Abraço!

Bell disse...

Que bom que Xamã não se preocupa com dinheiro, temos muito que aprender com ele rs...

Obrigada pelo carinho =)