NO FAROL
SÉRIE XAMÃ
dos Folhetos
Cadinho RoCo
NO FAROL
Quando verão promove calor forte aí sim é
que saudade do mar bate com força.
Xamã divide comigo o que de fato ele não
conhece, mas que também não desconhece porque de tanto ouvir e testemunhar
esses meus momentos já considera o mar inserido em seu mundo.
Trocamos ideias sobre planos e projetos,
oportunidades de trabalho e realização. Quer conhecer aquele farol instalado na
praia, bem no conhecido Cabo de São Tomé citado nos mapas do Brasil.
Xamã então aproveita oportunidade pra
dizer que precisa marcar aquele território com sua urina na torre que ostenta o
farol.
Belo
Horizonte, 17 fevereiro 2014
RESTA
A ESPERANÇA
Deixei recado cheio de esperança, porque é
tudo que me resta. Mais que isso é pensar nos sonhos que povoam noites e dias
que passam em busca daquelas noites e daqueles dias que não passam nunca. É
como caminhar na certeza de estar indo para algum lugar que não chega nunca,
mas que em algum momento chegará. É como preparar corpo e mente para aquele
encontro pretendido e esperado pela intenção de estar dando ao viver, razão
nova de ser.
Enquanto isso, aparições que vão
desafiando a crença e a disposição do agir. O deparar com surpresas que vão
propondo desvios e acessos incompatíveis com o rumo antes tão seguro de sua
direção. O aceno que sugere passagens perdidas em sombras identificadas por
enganos e andanças transformadas em desalentos.
Resta a esperança. A mesma esperança que
traz fôlego aos pulmões e calor ao coração que insiste em dar ao sangue o
oxigênio do amor.
Belo
Horizonte, 21 julho 2003
3 comentários:
Faz tempo que não comento sobre seus painéis, Cadinho. Eles ficaram muito bonitos emoldurados. Boa semana!
Os seus textos são como as suas telas, intensos e cheios de sensibilidade.
Parabéns!
beijinho
Valeu, Xamã! Esse é um cão insistente!
Afinal, as "esperanças", Cadinho complementam nossa vida!
Abraço.
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