DENTES AFIADOS
SÉRIE XAMÃ dos Folhetos Cadinho RoCo
DENTES AFIADOS
Em meio ao desafio
imposto pela escassez eis que empenho resistência proposta não pela vida, mas
pela fé. E nesse contexto não há chance de recuo e nem tão pouco de
questionamentos vazios.
Xamã morde a pedra que
passou a ser sua companheira, na intenção de afiar os dentes que substituem os
de leite. É gesto determinado de quem está disposto a desafiar a adversidade
porque essa é sua natureza.
Aprendo com Xamã a
afiar as garras da fé entranhada em mim, na certeza de que não sou homem
limitado a dias sombrios.
Belo Horizonte, 01 março 2014
INDO FUNDO
Entre a ânsia e a necessidade, propósito
do entendimento. Em meio à devoção, formas que insistem em perceber o que não
conseguimos perceber. Há uma distância entre o que estampa e o que esconde o
fato. A realidade, em meio a tantos esconderijos passa a ficar também escondida
do que nela encerra tanta coisa.
Entre o afastamento e a aproximação,
estranheza de um espaço indecifrável. São soluções mergulhadas em
questionamentos outros, entregues a desconhecida profundidade. Que mar é este
meu Deus?
Belo Horizonte, 02
setembro 2003
5 comentários:
Um belo exemplo o de Xamã... afiar nossas garras para sermos alguém na vida!
Abraço.
Cadinho , gostei muito do texto em especial quando nos conta que aprendeu a afiar sua fé com Xamã . Parabéns . Bom final de semana . Beijos
Não tem como não te admirar!
Beijão...
Não tem como não te admirar!
Beijão...
Um texto cercado de analogias, de formas figuradas, afiar os dentes, afiar nossas garras, não sei, eu não acho que tenha que me armar desta forma para a vida, seja qual for a questão ou a parte dela que esteja vivenciando,faço sempre o possível para ter a fé como minha armadura e o amor como minha espada, lógico que na minha imperfeição nem sempre consigo, derrapo e muito, mas tenho comigo uma coisa firme "Para quem confia, o amanhã é uma certeza, eu confio, principalmente acho que doutrinas religiosas não salvam ninguém, agora a exemplificação do amor sim, nos faz aprender muito, abraços Luconi
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