NOVOS VENTOS
SÉRIE XAMÃ
em curso e SÉRIE ESTRADA REAL nascida em setembro de 2003 dos FOLHETOS CADINHO
ROCO
NOVOS VENTOS
Mais um caminho novo
pra Xamã que por força do horário mostra rua vazia sem movimento. Vestígio de
festas, folhas secas pelo chão e Xamã puxa assunto porque sente alegria na
manhã lavada pela chuva que passou. Anda em busca de novos cheiros e percebe o
amor solto no ar porque em princípio o amor está em tudo, é o que ele respira.
Mas, em meio a tanto
amor muita desavença meu caro Xamã. Ele então diz ser isso assim mesmo porque o
amor, de tão leve que é, pode escapar por algum vento furtivo quando a gente
menos espera. Mas o jeito é seguir respirando sentindo e amando os ventos
vindos ao nosso encontro.
Belo Horizonte, 07 março 2014
VINDO DA ESTRADA
Deito e penso
Penso e durmo
Durmo e sonho
Sonho e acordo.
Levanto e ando
Ando e sigo
Sigo e paro
Paro e olho.
Lugar estranho
No amanhecer frio
Silencioso e sombrio.
Banho no despertar
Desse sono líquido
Que vem da estrada.
Belo Horizonte, 15 setembro
2003
4 comentários:
Nada como no encontro com a natureza revigoramos o amor! Xamã é sábio!
Abraço.
Consigo até imaginar esses passeios com Xamã, toda a curiosidade dele...Ele sentirá essa leveza do amor que por vezes aos transeuntes escapa, não só pelos ventos furtivos mas também pela futilidade das pessoas que vivem à superfície.
"Banho no despertar
Desse sono líquido
Que vem da estrada"
Um poema maravilhosamente "fechado"!
xx
Tenha um ótimo fds =)
Oi, Cadinho! Bom saber que o Xamã já está passeando. Estive em BH no Carnaval e, finalmente, conheci o tal bicota-de-mulata. Adorei. Valeu a dica. Abraço!
Postar um comentário