RECONHECIMENTO
SÉRIE XAMÃ
em curso e SÉRIE ESTRADA REAL nascida em setembro de 2003 dos FOLHETOS CADINHO
ROCO
RECONHECIMENTO
Tornou-se comum concluir e afirmar que no
mundo atual tudo gira em torno do dinheiro. Xamã não dá a menor confiança pra
isso, mas admite haver sim essa compulsão hoje completamente assumida pela
obtenção e, o que é pior, pela dependência direta do dinheiro. E já que é
assim, também não dá pra ignorar, ou subestimar o que então passa a fazer parte
da nossa cultura. Razão pela qual se faz mais que importante reconhecer em todo
trabalho a necessidade de remuneração em dinheiro.
Aceitar o dinheiro como referência de
mérito, ou valorização do que fazemos e somos e não admitir que, por exemplo,
escrever é atividade que redunda em trabalho e que por isso mesmo se faz digno
de ganho em dinheiro é, no mínimo, de uma hipocrisia gigantesca.
Belo
Horizonte, 17 março 2014
AO POETA ITABIRANO
Quando em 31 de outubro de 2002 comemorou-se o centenário de nascimento
do poeta Carlos Drummond de Andrade, tomado fui por furtiva inspiração. Escrevi
o poema Carlos Drummond de Andrade escorado na construção de um dos mais
fantásticos poemas escritos pelo poeta: No Meio do Caminho – No meio do caminho
tinha uma pedra/ Tinha uma pedra no meio do caminho/ Tinha uma pedra/ No meio
do caminho tinha uma pedra./ Nunca me esquecerei desse acontecimento/ Na vida
de minhas retinas tão fatigadas./ Nunca me esquecerei que no meio do caminho/ Tinha uma pedra/
Tinha uma pedra no meio do caminho/ No meio do caminho tinha uma pedra.
Agora, no meio da Estrada Real, esbarro na pedra mais que preciosa da
poesia desse poeta. A poesia do eterno Carlos Drummond de Andrade, itabirano da
Estrada Real.
Belo Horizonte, 23 outubro 2003
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
(homenagem ao seu
centenário de nascimento)
No meio do caminho tinha
um poeta
Tinha um poeta no meio do
caminho
Tinha um poeta.
No meio do caminho tinha
um poeta.
Nunca me esquecerei dessa
aparição
Na vida de minhas tantas
leituras.
Nunca me esquecerei que no
meio do caminho
Tinha um poeta.
Tinha um poeta no meio do
caminho
No meio do caminho tinha
um poeta
Que cismou com uma pedra.
No meio da pedra tinha um
caminho
Descoberto pelo poeta
De tantos outros caminhos.
Belo Horizonte, 31 outubro
2002
3 comentários:
Eu acho que você já passou poe lá, meu amigo, mas caso eu esteja enganada...
Hoje venho lhe fazer um convite! Estou escrevendo em outro espaço com mais amigos, pois o Infinito Particular desapareceu sem que eu consiga achá-lo.
Já fiz de tudo, mas como não consegui resolvi blogar em outra página onde fui muito bem recebida.
O blog é de excelente qualidade e muito bom gosto e sou autora por lá e posto regularmente. Se desejar visitar-me ficarei muito feliz e se quiser nos acompanhar será uma honra.
Lindo dia e um enorme abraço!!!
http://refugio-origens.blogspot.com
Gostei demais do poema pro Drummond, Cadinho. Parabéns!
No meio do caminho sempre vai haver pedras, cabe a nós sabermos o que fazer com ela.
Tem uma frase que gosto muito:
pedras no caminho guardo todas um dia vou construir um castelo (Fernando Pessoa).
bjokas =)
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