Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

segunda-feira, 17 de março de 2014

RECONHECIMENTO

SÉRIE XAMÃ em curso e SÉRIE ESTRADA REAL nascida em setembro de 2003 dos FOLHETOS CADINHO ROCO
RECONHECIMENTO
     Tornou-se comum concluir e afirmar que no mundo atual tudo gira em torno do dinheiro. Xamã não dá a menor confiança pra isso, mas admite haver sim essa compulsão hoje completamente assumida pela obtenção e, o que é pior, pela dependência direta do dinheiro. E já que é assim, também não dá pra ignorar, ou subestimar o que então passa a fazer parte da nossa cultura. Razão pela qual se faz mais que importante reconhecer em todo trabalho a necessidade de remuneração em dinheiro.
     Aceitar o dinheiro como referência de mérito, ou valorização do que fazemos e somos e não admitir que, por exemplo, escrever é atividade que redunda em trabalho e que por isso mesmo se faz digno de ganho em dinheiro é, no mínimo, de uma hipocrisia gigantesca.
Belo Horizonte, 17 março 2014
AO POETA ITABIRANO
     Quando em 31 de outubro de 2002 comemorou-se o centenário de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade, tomado fui por furtiva inspiração. Escrevi o poema Carlos Drummond de Andrade escorado na construção de um dos mais fantásticos poemas escritos pelo poeta: No Meio do Caminho – No meio do caminho tinha uma pedra/ Tinha uma pedra no meio do caminho/ Tinha uma pedra/ No meio do caminho tinha uma pedra./ Nunca me esquecerei desse acontecimento/ Na vida de minhas retinas tão fatigadas./ Nunca me esquecerei  que no meio do caminho/ Tinha uma pedra/ Tinha uma pedra no meio do caminho/ No meio do caminho tinha uma pedra.
     Agora, no meio da Estrada Real, esbarro na pedra mais que preciosa da poesia desse poeta. A poesia do eterno Carlos Drummond de Andrade, itabirano da Estrada Real.
Belo Horizonte, 23 outubro 2003
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
(homenagem ao seu centenário de nascimento)

No meio do caminho tinha um poeta
Tinha um poeta no meio do caminho
Tinha um poeta.
No meio do caminho tinha um poeta.
Nunca me esquecerei dessa aparição
Na vida de minhas tantas leituras.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha um poeta.
Tinha um poeta no meio do caminho
No meio do caminho tinha um poeta
Que cismou com uma pedra.
No meio da pedra tinha um caminho
Descoberto pelo poeta
De tantos outros caminhos.

Belo Horizonte, 31 outubro 2002

3 comentários:

Penélope disse...

Eu acho que você já passou poe lá, meu amigo, mas caso eu esteja enganada...

Hoje venho lhe fazer um convite! Estou escrevendo em outro espaço com mais amigos, pois o Infinito Particular desapareceu sem que eu consiga achá-lo.
Já fiz de tudo, mas como não consegui resolvi blogar em outra página onde fui muito bem recebida.
O blog é de excelente qualidade e muito bom gosto e sou autora por lá e posto regularmente. Se desejar visitar-me ficarei muito feliz e se quiser nos acompanhar será uma honra.
Lindo dia e um enorme abraço!!!

http://refugio-origens.blogspot.com

Carla Ceres disse...

Gostei demais do poema pro Drummond, Cadinho. Parabéns!

Bell disse...

No meio do caminho sempre vai haver pedras, cabe a nós sabermos o que fazer com ela.
Tem uma frase que gosto muito:
pedras no caminho guardo todas um dia vou construir um castelo (Fernando Pessoa).

bjokas =)