Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

domingo, 4 de maio de 2014

GRATIDÃO

SÉRIE XAMÃ dos FOLHETOS CADINHO ROCO
GRATIDÃO
     Gratidão é algo que sempre faz por merecer muito cuidado. Tratar a gratidão de maneira atabalhoada é perigoso demais Xamã, porque quando a pessoa não manifesta espírito de gratidão tende a ser desafiada com muito mais rigor pelo que está por vir.
     Então, sair por aí execrando o mundo e com jeito de ser sempre mais importante que todos, pode ser motivo de muito tropeço.
     Essa coisa de querer dar o passo maior que a perna pode levar ao chão o que se pretende erguer ao céu. Ninguém está livre de surpresas avessas ao que se pretende conquistar. Ignorar os sinais a mostrarem perda de suficiência é algo que faz por merecer tratamento, no mínimo, mais meticuloso.
     A arrogância está mais para a destruição do que para a construção do que buscamos alcançar.
Belo Horizonte, 04 maio 2014
AVISO DO COCHILO
     Cochilou na estrada. Carro atravessou a pista ameaçando colidir com carreta vinda em sentido contrário. Despertar repentino permitiu manobra rápida salvando motorista de tragédia possivelmente fatal. Foi por um triz.
     Mentira acreditar que isso não acontece comigo ou com quem quer que seja. Trazemos em nossas vidas a semelhança da vulnerabilidade. Melhor ser humilde e aceitar o quanto não somos o que gostaríamos de ser. E não há quem também não tenha esse sentimento.
     Mentira acreditar na plena suficiência seja lá do que for. Trazemos em nossas vidas a semelhança da fraqueza. Querer ser o mais forte é pretensão infantil e enganosa. Melhor ser mais atento com a forte possibilidade daquilo que impossibilita nosso ser de tanta coisa.
     Insistir na mesquinhez dos rigores é antipatia própria de muitas rejeições. Triste é passar a vida questionando a felicidade. De repente vem a fadiga cochilo mais pesado que o despertar.
     Por essas e outras Taís é que por tantas vezes deixamos de viver. Por essas e outras é que por tantas vezes o viver adquire peso a exigir alívio de imprescindível ressurreição. Mas e quando ficamos sem ter como ressuscitar?

belo Horizonte, 18 março 2004

Um comentário:

Flor de Maracujá disse...

Bonito texto ;)
Beijinhoo*
www.flordemaracuja.pt