Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

domingo, 11 de maio de 2014

REPARO

Série Xamã dos
FOLHETOS CADINHO  ROCO
REPARO
     Quando a violência cresce, os conflitos se alastram, as ameaças aumentam e o sentimento de instabilidade atinge as pessoas, sinal de que estamos perdidos.
     A verdade quando aparece para a mentira demonstra sinal de ameaça, de reação nervosa instável, de dizer desconectado a tentar ludibriar a realidade. Sinal de que as coisas estão fugidas do controle.
     Em momento assim, o melhor a fazer é ter a cautela segura de que pela própria ação das evidências surge caminho novo a nos remeter para rumo que não seja o do mero oportunismo, mas o de nos colocarmos diante da mais valiosa oportunidade de correção.
     Que não fiquemos vendidos pela tentação das ofertas ocasionais, que não permaneçamos submissos às pressões impostas pelo que antes, de maneira ou de outra, contou com nossa permissão, ou omissão.
      Xamã sempre acredita na possibilidade do reparo.
Belo Horizonte, 11 maio 2014
DEPOIS DO HORIZONTE
     Sentimento forte que sente presença do que não dá pra ser definido. Resistência transparente que trava acesso daquilo que assim não dá pra identificar.
     Sentimento forte que pode ser sentido pela respiração e por esse estranho sabor que ocupa paladar por inteiro. Espécie de aviso mensagem do que acontece no presente futuro achado depois do horizonte. Palavra parece travada por isso que aparece escondido de sua própria identidade.
     Instante estranho. Vem vontade de ficar quieto Taís, de procurar no sonho o que acontece com essa realidade que passa à margem de todo e qualquer acontecimento.
     Dois dias de reclusão. Manhã tarde noite em espécie de vigília muda e inerte. Corpo entre acordado e dormido parece flutuar pelos pensamentos. Nada e ninguém existindo nesse espaço que observa percebe o agir do mundo exposto a outra dimensão.
     Dois dias cheios de significados. Resta agora entende-los.

Belo Horizonte, 18 abril 2004

Um comentário:

Claudinha ੴ disse...

Dias de repouso, de reclusão, nos conferem um conhecimento mais aprofundado do que somos e por que somos. Não consigo isso, confesso. Mas imagino. Abraço!