Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sexta-feira, 18 de julho de 2014

SANTA HELENA



SÉRIE XAMÃ

FOLHETOS CADINHO ROCO

SANTA HELENA

     Retorno de Leopoldina, zona da mata das Minas Gerais. Xamã quer saber tudo, digo que estive na Fazenda Santa Helena. Cão, ao seu modo, quer que eu fareje sobre Santa Helena.

     A santa nasceu de família plebeia, mas casou-se com o militar Constâncio Cloro que a abandonou por ordem do Imperador Diocleciano. É que pela lei romana o casamento entre patrício e plebeia não era reconhecido. Mas quando seu filho Constantino, nascido em 285, foi aclamado Augusto em 306, ela recebeu o título de Mulher Nobilíssima. E quando Constantino se tornou Imperador, Helena foi aclamada como Augusta.

     Mulher de muita fé agiu numa fase de paz entre o Império Romano e o cristianismo. Já com idade avançada, acompanhou na Palestina escavações em Jerusalém que desvendaram o túmulo de Cristo e as três cruzes usadas na crucificação de Jesus e dos dois ladrões. Isso aconteceu em 326 e entusiasmada com esse feito Helena estimulou a procura que culminou no achado da gruta onde Jesus nasceu e no lugar, no Monte das Oliveiras, onde Jesus esteve com os discípulos antes de subir ao céu.

     Foi responsável pela construção de várias basílicas, entre elas a que foi erguida no Monte das Oliveiras com o nome: Helena.

     Santa Helena tem como data de celebração o dia 18 de agosto.

Belo Horizonte, 18 julho 2014

IMAGENS DISTINTAS

     Depois de tudo que vivi senti diante daquela belíssima aparição, subi por estreito caminho que conduziu-me a um lugar curioso. Do lado direito uma cachoeira fina, porém muito extensa. O início dela estava muito acima daquele lugar, o mesmo acontecendo com seu final, que estava muito abaixo daquele lugar. Era como se fosse uma janela que mostrava a passagem da água. Ao seu lado, a trilha continuava convidando-me a subir por ela.

     Do outro lado, à esquerda, um pátio muito extenso e repleto de veículos de todas as marcas, modelos, novos, velhos, caminhões, caminhonetes, carros de passeio, esportivos, utilitários, nacionais, importados e mais tudo que possa pensar. O curioso interessante é que todos, absolutamente todos, mostravam sinais de arrombamentos. Vidros quebrados, trancas destruídas e a presença até de alguns que já nem portas tinham mais.

     De uma rajada veloz a intuição concluiu estarem aqueles automóveis compondo legítimo cenário de uma realidade interferida pela violência, pela inconsequência, pela inveja e por ações a confundirem a paz com a força bruta de um conflito tão assustador quanto insano. Estava eu entre duas imagens tão distintas e tão distantes.

     Tratei de seguir em frente, subindo envolvido pela sonoridade daquela água cachoeira.

Belo Horizonte, 03 janeiro 2005

3 comentários:

Bell disse...

Ainda bem que voltou, agora vão matar a sdd =)

Erica Cruz disse...

Muito bacana o post. Eu não conhecia essa santa.
Beijinhos
:)

http://cariocaemportugal.blogspot.pt/

Carla Ceres disse...

Muito interessante a história de Sta. Helena, Cadinho! Valeu! Abraço!