ENFRENTAMENTO
SÉRIE
XAMÃ
FOLHETOS
CADINHO ROCO
ENFRENTAMENTO
Na realidade Xamã tem razão quando
demonstra certo inconformismo por eu isolar alguns temas em detrimento de
outros impostos pela necessidade. Ele sabe e sente isso, mesmo sendo um cão,
porque sempre faço leitura em voz alta do que escrevo para sentir a sonoridade
do texto.
Mas, preciso tocar na questão das vendas
dos painéis que pinto, óleo sobre telas, ou da disponibilidade do patrocínio
efetuado para os folhetos que distribuo nas versões física e virtual, porque isso
é o que sei e preciso fazer para sobreviver.
Digo ao Xamã ser tudo questão de fase,
posto que tenho fé de que, no tempo devido, estarei em condição de escrever o
que de fato quero e gosto de trazer às palavras.
Enfrento o hoje de cada dia com o que
tenho e posso.
Belo Horizonte, 08 agosto 2014
PRIMEIRO-DE-Abril
Sabe-se que não se sabe nada da razão de ser o primeiro-de-abril dia da
mentira celebrado em vários países.
Se é assim, aproveito ocasião para propor que, no nosso Brasil de tantas
contradições, celebremos o primeiro-de-abril como sendo o dia da verdade. Assim
abrimos oportunidade para interessantes indagações.
Como é nascer viver em um país que tem a pior distribuição de renda do
mundo e que parece não dar a menor importância ao fato, chegando até a
comparecer com óbvias contribuições para tão vexatória realidade? Como é
sobreviver em um país, cujas entidades financeiras, também conhecidas por
bancos, registram e ostentam lucros nunca antes obtidos, justo quando a maioria
de sua população torna-se cada vez mais pobre? Isto sem chegarmos ao vergonhoso
processo de crescente carga tributária que insiste na tese da transposição de
caudaloso rio de dinheiro, para investidas tão aéreas quanto irresponsáveis. E
nas águas do deus mercado, eis que testemunhamos tanta gente entregue ao culto
da mais completa desumanização de suas próprias vidas.
Chega!
Precisamos com urgência de transformar o primeiro-de-abril no dia da
verdade, para que possamos distinguir quanta mentira está posta aos tantos dias
desse nosso tão sofrido calendário.
Belo Horizonte 23 março 2005
2 comentários:
Cadinho, olha eu aqui outra vez!
Hoje eu descobri o teu belo Xamã: porte altivo, olhar que devassa os mistérios, enfim, um verdadeiro guia pelos caminhos tortuosos da vida.
O Brasil, é verdade, tem sido o pior em tudo, péssima distribuição de renda, uma violência que bate recordes em termos mundiais, a fome que atormenta os estômagos dos humildes (que saudade do teu conterrâneo, Betinho, hein?), e assim vai prosseguindo o nosso rosário de lágrimas...
Mas como Deus sempre nos concede uma compensação para o sofrimento, temos um povo bravo, guerreiro e que teima em viver e ser feliz. Assim como nós, assim como você.
Hoje, sexta-feira, te desejo um colorido final de semana e um doce repouso.
E vê se aparece lá no nosso cantinho para acalentar "os pobres meninos da Rua do Corte", e leve contigo o grande Xamã. Te aguardamos, tá? Olha, não falhe conosco!Rs.
Ah, e vou pedir mais, porque pedir não arranca pedaço. Que tal me deixar postar no nosso espaço um dos teus graciosos painéis. Já posso escolher? Espere, volto, já, já!
Tô levando o P13, ok?
Ele me agradou porque tem a cor da pele, porque me sugere a cor dos andam sem vestes, não porque sejam desavergonhados, mas porque não têm como adquiri-las, por aí...
Bem, já vou postando lá na lateral com seu nome e tudo nos conformes. Depois, veja lá, e se não gostar, me diga. Êta alagoana abusada?[risos]
Tenho uma história de mineiro com alagoana muito legal...mas fica para outro dia, tá?
Grande abraço, super amigo!!!
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