Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DEDO NA FERIDA



SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO ROCO
DEDO NA FERIDA
     Pois é Xamã, estamos em ano eleitoral e o Brasil parece possuído por estranha imbecilidade. Da noite para o dia a vaia cedeu lugar para o aplauso, o repúdio passou a aceitar o desgoverno que estamos nele e a mentira em meio à crença popular.
     Hoje para ganhar eleição no Brasil é preciso colocar o dedo na ferida, escancarar a podridão, expor ao ar a fedentina de quem corrompe, engana, gasta o que tem e o que não tem para se manter no poder.
     Quem pagará por isso?
     Nós pagaremos pela omissão, pela permissão ao propósito do mais completo extermínio do Brasil. E não me venha falar em pessimismo porque as evidências estão aí pra todo mundo ver.
     Quem se coloca na condição de candidato a por ordem na casa tem agora é que abrir mão do discurso bonito de tão bem intencionado e colocar o dedo na ferida falando com todas as letras da vergonhosa realidade que passou a tomar conta do Brasil.
Belo Horizonte, 10 setembro 2014
VERDE-LIMÃO
     É uma mesa redonda de madeira maciça, escura e toda talhada. Em torno dela, cadeiras com singular personalidade a denunciarem paciência de sábia espera. Ao conviver com quem ocupa essa mesa cadeiras, situações que superam imaginação de quem quer que seja. Daí impossibilidade em decifra-las com precisão também dispensável. Até porque agindo assim, estaríamos violando confidências a percorrerem por inacreditáveis tonalidades.
     Isto é parte do Verde-Limão que aproveito para dizer que faz parte de sua discrição, não ostentar placa letreiro nenhum a identifica-lo como bar que é. Se é que o Verde-Limão é só um bar. Tenho minhas dúvidas quanto a isso. Aliás, não fossem as dúvidas, o que seriam de nossas certezas, se é que elas existem?
     Mas a tal mesa redonda é de virtude espantosa. Dela é que extraímos valiosos ensinamentos, como o que trato de expor aqui.
     Verde-Limão observa que o azedo existe, para que saibamos adoça-lo.
Belo Horizonte, 10 junho 2005

3 comentários:

Graça Pires disse...

Pois é, amigo. Também conheço essa estranha imbecilidade em tempo de eleições...
Gostei que o Verde-Limão observe "que o azedo existe, para que saibamos adoça-lo".
Beijo.

Bell disse...

Eu tb não estou entendendo mais nada, fizeram tantos protestos e o IBOPE revela que ou o povo é burro ou tem algo muito errado.

Lucimar da Silva Moreira disse...

Nas eleições acontece de tudo, e realmente concordo com você o Brasil parece ser possuído pela imbecilidade, Cadinho abraços.
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