SANGRAMENTO
SÉRIE
XAMÃ
FOLHETOS
CADINHO ROCO
SANGRAMENTO
É sempre importante a gente querer saber
mais. Xamã manifesta olhar de concordância.
Índia Tauá mexe no barro amarelo de Araxá
e diz haver rastro de muita história nesse lugar. Rastro antigo, rastro
presente, rastro futuro.
Sente haver no barro amarelo tonalidade
vermelha que é cor de presságio temeroso. Há no vermelho sinal de sangramento
relacionado a algo ameaçador. Sangram a terra, a cultura de uma nação na ânsia
de imporem sobre ela colonização perversa.
O comunismo para Tauá é contraditório
porque extermina o país em busca de ideal que tira a cultura de um povo
propondo outra por demais artificial. Não dá pra ser oriente no ocidente, não
dá pra ser China ou Rússia na América.
O Brasil brasileiro não é cubano e nem
tão pouco venezuelano.
Queremos acabar com o Brasil?
O que é ser patriota?
Belo Horizonte, 03 setembro 2014
ABERRAÇÃO
Chega a ser vergonhoso o que fazem com as
programações locais das emissoras de rádio e televisão radicadas em Belo
Horizonte. Enorme irresponsabilidade coletiva assumida por direções só
interessadas no dinheiro lucro de uma comercialização não menos caótica. Diante
da mais completa ausência estética e ética de apresentações inteiras, a
população de Belo Horizonte convive com o absurdo que é não terem o menor
respeito por um trabalho exercido por estagiários aprendizes que ao tornarem-se
profissionais, estarão no mais solene olho da rua. Isso para não citar os
aventureiros.
São raras, para não dizer raríssimas, as
exceções do que tornou-se comum nas emissoras de rádio e televisão instaladas
em Belo Horizonte. Noticiários com matérias viciadas, entrevistas entregues ao
lugar comum de questionamentos estéreis, jornalistas comentando até boletins de
previsão do tempo, reportagens idiotas e por aí afora. Da autoajuda aos temas
religiosos, tudo parece entregue a uma assustadora falta de compromisso com
elementos primários exigidos por qualquer trabalho dito sério.
Patrocinar o que está acontecendo nessas
emissoras, em Belo Horizonte, passa a ser algo perigoso. O desprezo assumido
por essas empresas aos profissionais com capacidade e experiência para o
exercício de suas funções é lastimável. Resta então a conivência com pessoas
sem a menor autocrítica a contribuírem para o péssimo padrão de qualidade do
que tem sido feito por aí. É mesmo uma aberração o que fazem as emissoras de
rádio e televisão na capital de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 31 maio 2005
3 comentários:
Pois é, amigo, a ética, a autocrítica, a independência sairam da chamada comunicação social. É por todo o lado. Gostei do seu texto cheio de lucidez...
Beijo.
oi Cadinho
A gente acaba com o Brasil qdo permitimos o desmatamento, qdo permitimos a extinção de espécies, qdo somos coniventes com os contrabandos de animais.
Qdo elegemos as pessoas erradas.
Qdo não respeitamos os outros, que são iguais a nós. E tem gente que por causa da cor da pele se acha superior.
Tenha um ótimo dia =)
Tenha uma ótima semana, abraços!
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