QUIETUDE
SÉRIE XAMÃ dos
FOLHETOS CADINHO ROCO
QUIETUDE
João da Barra está quieto porque no mais
das vezes é pela quietude que conseguimos observar melhor a evolução doa
acontecimentos.
Há no comportamento humano variações que
dão conta do que na realidade somos e carregamos por nossas vidas.
Existem pessoas sombrias e capazes de carregarem
o rancor muito bem camuflado, para que em determinado instante ele apareça como
verdadeira explosão. É por aí que a quietude observa a ação e reação do agir de
quem aparenta ser o que de fato não é.
Xamã atento a essa singular exposição do
grande João da Barra, conclui ser a quietude capaz de mostrar o quanto há de
inquietação em cada um de nós.
Belo Ho0rizonte, 30 outubro 2014
PERDIDO NO QUARTEIRÃO
Não adianta querermos fugir escapar
daquilo que nem sempre a realidade estampa, mas que é sempre parte dela. Não
adianta querermos ter a suficiência que não temos, porque em nenhum de nós
existe o ser completo. E por mais menos que queiramos resistir, não adianta,
porque cedo ou tarde vem a revelação do que antes limitava-se à sutileza.
Aí é que está a presença do Deus vivo em
cada um de nós, tudo. Exatamente na transparência de acontecimentos sinais a
mostrarem sua incansável incessante ação. E não adianta passar tempo inteiro
negando o que de fato está é na origem de tudo. E por mais misteriosa que possa
parecer, esta origem demonstra infinita simplicidade. Só que sua trajetória nem
sempre coloca-se exposta às nossas complicações. Ficamos perdidos, sem sequer
notarmos aquela farmácia de manipulação no primeiro quarteirão da Avenida
Prudente de Moraes.
Belo
Horizonte, 18 novembro 2005
3 comentários:
Estou numa fase de ficar quieta e observar as pessoas, Cadinho. Pressinto vendaval por perto. Abraço!
Tão ruim carregar rancor, afinal a vida é curta para que amargar?
Rancor não faz bem a pessoa, o melhor é tirar fora de dentro da gente e viver a vida, cadinha abraços.
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