BURROS N’ÁGUA
SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO ROCO
BURROS N’ÁGUA
Gosto da minha intuição. Cuido de observa-la em muitos momentos e dar
atenção a ela, até por saber que já vivi o suficiente para desafia-la e dar com
os burros n’água.
O atrevimento é próprio dos mais jovens e menos avisados por serem ambos
infantis demais em suas deduções. E o engraçado disso é a confusão que fazem
com a própria intuição.
Para Xamã uma coisa é seguir o seu instinto, outra é ter intuição. O
instinto vem de um impulso natural que habita em cada um de nós, sendo a
intuição espécie de energia que antecipa o futuro por conseguir decifrar um
presente ainda em formação.
Belo Horizonte, 17 janeiro 2015
PONTUADINHO
Carinho bom é carinho trocado.
Beijinho bom é beijinho trocado.
Estalinho daqui, estalinho dali. E o arrepiar do corpo atravessa espaço e chega
ao outro no mistério da coincidência de um mesmo respirar, no escurinho dos
olhos fechadinhos. É imagem nenhuma na sombra da intimidade que quer ver nada e
sentir tudo.
Amorzinho bom é amorzinho
trocado. Mas a troca só existe se houver mesmo a entrega. Sem entrega, troca
traz interesse que é atitude que não interessa a quem quer viver a troca.
Belo Horizonte, 06 agosto 2006
Um comentário:
Adorei o texto. Bem verdadeiro e real...
Abraços,
http://universoliterario.blogspot.com.br
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