CICLOS
SÉRIE
XAMÃ
FOLHETOS
CADINHO ROCO
CICLOS
Xamã nos sugere interessante reflexão.
Os ricos trabalham para os pobres que
trabalham para os ricos. O honesto atende ao ladrão que atende ao honesto. O
íntegro favorece o corrupto que favorece o íntegro. O que compra paga para o que
vende que paga para o que compra em ocasiões distintas. Uns completam os outros
porque ninguém está absolutamente só no mundo.
Ganhamos e perdemos em face de outros
ganhos e perdas.
O conceito do preconceito está presente em
cada um de nós que não conseguimos viver sem conceituar e, por consequência,
preconceituar.
A perfeição faz com que sejamos
imperfeitos, da mesma maneira como age a força a nos enfraquecer sempre fazendo
com que da prudência mergulhemos na imprudência.
Em tudo e por tudo nossa salvação está
mesmo é no amor.
Belo Horizonte, 20
fevereiro 2015
SURPRESO
Passo a ficar surpreso com a surpresa que
passei a criar. Isto porque não imaginava poder da imaginação nutrido pelas
pessoas. Haverá uma medida?
Além da ansiedade em forma da mais diversa
indagação, pergunto a mim mesmo: como podem as possibilidades serem tão
extensas?
Até pensar que a surpresa que tenho poderá
ser anúncio de que irei casar, aparece. Mas como, se não estou envolvido em
nenhuma relação que possa culminar em casamento? Mas é assim mesmo que os
acontecimentos acontecem.
Em dois dias, a revelação da surpresa. Até
lá, do que será capaz a curiosidade dessas pessoas que assim manifestam suas
tão carinhosas averiguações?
Belo
Horizonte, 25 novembro 2006
2 comentários:
Ganhamos e perdemos realmente em face de outros ganhos e perdas, de tantos condicionalismos, mas nunca vi ricos a trabalhar para pobres, a não ser em algumas ONGs, e em certas instituições, patrocinadas por entidades públicas ou privadas, que mais não fazem com o seu trabalho para os pobres, do que fazer perpetuar os pobres na sua condição. E aí cria-se o preconceito de que se é pobre é porque não trabalha, mas quem não come não pode trabalhar, e esse lema de dar a cana e ensinar a pescar, não funciona quando o pobre é miserável e nem forças tem para pegar na cana.
Mais amor, menos paternalismo e condescendência, talvez ajudasse a que se olhassem para as diferenças sem pré-conceitos, e com olhos de ver.
Aah! Alguém quer vê-lo casado, Cadinho, e se calhar essa seria uma boa surpresa...;-))
xx
Muito bom esse texto sobre os ciclos, Cadinho. Parabéns!
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