Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

MANTENDO DISTÂNCIA



SÉRIE XAMÃ dos

FOLHETOS CADINHO ROCO

MANTENDO DISTÂNCIA

    Já faz algum tempo que não dou confiança a especulações vazias. Tenho trabalhado muito e disponibilizado meu serviço para negociação adulta, profissional, livre de ofertas rasas e conversas inúteis.

     Não tenho dado confiança para averiguações que só fazem dificultar a vida. Assunto é o que não falta Xamã, mas de temas explorados por aí de maneira tão ruim não quero nem chegar perto. Aliás, prefiro mesmo marcar certa distância do que tem tudo para me aborrecer.

     Trato de ocupar dias inteiros por onde sinto estar hoje meio que entregue ao abandono. Refiro-me ao amor.

Belo Horizonte, 26 fevereiro 2015

PEIXES NA CHUVA

     Contasse para mim penso que também teria dificuldade em acreditar. Mas o que conto aqui não foi caso contado e sim visto testemunhado por estes meus olhos.

     Era noite e iniciou-se chuva cada vez mais forte. Foi de repente que então senti a chuva entrando no quarto pela janela veneziana aberta, sem molhar chão nada. Era como um leito rio de chuva margem disforme indo direto ao aquário.

    O que era aquilo?

    Foi aí que percebi peixe por peixe entrando nas gotas da chuva e nadando rumo a ela atravessando veneziana e sumindo no espaço. Os sete peixes partiram levando chuva do quarto, aquário sem elas e eles.

    Depois de muito tempo, chuva anunciando estiagem voltou a criar mesmo fenômeno trazendo peixe por peixe ao aquário.

    Eu sem palavras, qual peixes que nada falam.

    Mas senti aquele macho mais velho do aquário dizer que presenciei um dos tantos segredos de suas vidas existências.

     Por serem livres conseguem sair do aquário com a vinda da chuva. Ao sétimo pingo parte o primeiro peixe e a cada sete pingos parte outro. Mas, para isso é preciso viverem sete peixes no aquário.

    Tivesse eu dormido diria ter sonhado. Mas, para maior certeza, aquele peixe de um salto lançou água em meu rosto  Ele rindo disse ainda ser eu tão distraído, que nem percebi haver na palavra aquário sete letras.

    Foi assim que ao sétimo piscar dos meus olhos confirmei o que vi presenciei.  E nem sei porque contei as sete piscadas.

Belo Horizonte, 20 Dezembro 2006

2 comentários:

Bell disse...

e vc pode manter a distancia do que lhe aborrece deve faze-lo.

Um lindo dia =)

Carla Ceres disse...

Que linda a história dos peixes, Cadinho! Abraço!