Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sábado, 28 de fevereiro de 2015

SER MAIS



SÉRIE XAMÃ

FOLHETOS CADINHO ROCO

SER MAIS

     Não adianta querer compensar a antipatia com o cinismo. A artificialidade não consegue esconder para sempre o que está na essência do nosso ser. Razão pela qual mais vale perseverar na humildade do que abusar na ostentação.

     Para Xamã o meio é o que está entre lado e outro servindo como passagem entre o que somos e deixamos de ser. Essa conversa de meia honestidade, meio rigor ou meio de vida não confere o que de fato se faz honesto, rigoroso ou vivo em autenticidade. O meio pondera, mas não identifica nada e ninguém. Ser seja lá o que for pela metade é ser e não ser ao mesmo tempo. Aquele que se coloca sendo e não sendo é o que não é.

    O ser que é não se faz confundido pela contradição.

Belo Horizonte, 28 fevereiro 2015


     Ré é um peixe jovem mas atento ao que há em sua volta. Resolve por isso dizer do que está na origem destes sete peixes. Vai ao século IX buscar Guido D’Arezzo, que viveu de 995 ao ano de 1050. Foi este beneditino italiano quem adotou vez por todas os nomes das  notas musicais. Fez isto inspirado no Hino a São João, composto dois séculos antes por Paul Diacre Warnefried que viveu de 740 até 801.

    Depois substituiu o Ut pelo que até hoje é o nosso Dó, dando às notas significado equivalente à Criação Divina.

    Assim é que temos: Dó extraído de Dominus, Senhor, Deus Absoluto. Si sendo Sideraus Orbis que é o Universo. Lá de Via Láctea. Sol do sol. Fá sugerido por Fatum Orbis, o mundo planetário. Mi de Mistura Orbis que é a Terra colocada sob a dualidade do bem e do mal. Ré de Regina Astris que é a lua.

    Assim é que Ré apresenta o que está inserido a este aquário cuja dimensão parece desafiar nosso propósito em querer comensura-lo.

Belo Horizonte, 25 Dezembro 2006  

Um comentário:

Pérola disse...

A vida é percurso de contínua aprendizagem.

Belas significações.

Beijo