SER MAIS
SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO ROCO
SER MAIS
Não adianta querer compensar a
antipatia com o cinismo. A artificialidade não consegue esconder para sempre o
que está na essência do nosso ser. Razão pela qual mais vale perseverar na
humildade do que abusar na ostentação.
Para Xamã o meio é o que está
entre lado e outro servindo como passagem entre o que somos e deixamos de ser.
Essa conversa de meia honestidade, meio rigor ou meio de vida não confere o que
de fato se faz honesto, rigoroso ou vivo em autenticidade. O meio pondera, mas
não identifica nada e ninguém. Ser seja lá o que for pela metade é ser e não
ser ao mesmo tempo. Aquele que se coloca sendo e não sendo é o que não é.
O ser que é não se faz confundido
pela contradição.
Belo Horizonte, 28 fevereiro 2015
RÉ
Ré é um peixe jovem mas atento
ao que há em sua volta. Resolve por isso dizer do que está na origem destes
sete peixes. Vai ao século IX buscar Guido D’Arezzo, que viveu de 995 ao ano de
1050. Foi este beneditino italiano quem adotou vez por todas os nomes das notas musicais. Fez isto inspirado no Hino a
São João, composto dois séculos antes por Paul Diacre Warnefried que viveu de
740 até 801.
Depois substituiu o Ut pelo que
até hoje é o nosso Dó, dando às notas significado equivalente à Criação Divina.
Assim é que temos: Dó extraído
de Dominus, Senhor, Deus Absoluto. Si sendo Sideraus Orbis que é o Universo. Lá
de Via Láctea. Sol do sol. Fá sugerido por Fatum Orbis, o mundo planetário. Mi
de Mistura Orbis que é a Terra colocada sob a dualidade do bem e do mal. Ré de
Regina Astris que é a lua.
Assim é que Ré apresenta o que
está inserido a este aquário cuja dimensão parece desafiar nosso propósito em
querer comensura-lo.
Belo Horizonte, 25 Dezembro 2006
Um comentário:
A vida é percurso de contínua aprendizagem.
Belas significações.
Beijo
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