DAS CEBOLAS
DAS CEBOLAS
Elas
atraíram minha atenção. Quando dei por mim senti espécie de diálogo entre nós,
fomos juntos para casa. Elas pareciam alegres, demonstravam descontração. De
maneira assim meio discreta aceitaram minha acolhida.
Aquelas
pequenas cebolas então foram descascadas com paciência e carinho. Observadas e
realçadas pelo tratamento a elas dispensado assumiram outra postura. Pela
transparência do vidro posso vê-las mergulhadas no vinagre em busca de novo
sabor.
Nem as
cebolas se transformarão em vinagre, nem o vinagre passará a ser aquelas
cebolas. No vidro a transparência do tempo em mudança constante transformando
cada detalhe de tudo que acontece comigo, com aquelas cebolas, com aquele
vinagre.
Belo Horizonte, 27 agosto 2015
CAMINHO ABERTO
Percebo
observo existirem muitos caminhos para o muito que temos a fazer. Diante disso
a sensação do estar ou chegar a lugar sem saída pode não passar de apavoramento
ocasional, ou de pura e simples ilusão. O que não exclui esperteza do comodismo
que vive para atentar nossa disposição. Para não assumir a falta de vontade,
assume que não tem jeito, como sendo este o jeito melhor de resolver, ou não, o
que está para ser resolvido.
Quando
assusto estou onde já não estava e quando dou por mim, é deste novo lugar que o
caminho procurado aparece.
Somos alvos
de aparições. Tal como aparecemos, aparecem para nós presenças pra lá de
oportunas. Mas aí é que somos atiçados pelo orgulho, pela reserva exagerada, ou
até mesmo pela indolência em querermos dar conta de tudo todas as coisas. E
ainda sem saber, eis que surge o caminho da tolice a exigir de nós voltas e
mais voltas a resultarem em nada.
Os caminhos
existem, mas são distintos, caprichosos e até exigentes em alguns tantos casos.
Agora, se tratamos de ignora-los, aí a situação é outra.
Belo Horizonte, 26 junho 2008
3 comentários:
Gostei de ler seus textos.
Abraço
Abençoada quinta- feira!!!!!!!!!! Bjksssss
Oi amigo, vim lhe desejar uma ótima semana, abraços!!
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