BATATAS
BATATAS
Não é sempre que temos o pleno domínio do
nosso tempo, se é que conseguimos tê-lo em algum momento.
Coloco batatas para cozinhar.
Faço o que habitualmente faço todos os
dias até que Xamã late chamando e avisando haver algo de diferente lá pelos
lados de onde ele está.
Quando então vou conferir eis que deparo
com visita inesperada da Verinha. Apareceu trazendo pães para o café da manhã para minha mãe que não acordou, coisa do horário de verão.
Tomo café em meio a bate-papo descontraído
com Verinha.
Batatas já devem estar cozidas.
Verinha vai embora, minha mãe acorda e
volto para a rotina do meu dia.
Belo Horizonte, 27 outubro 2015
CIUME?
Flavinho é amigo dos idos da adolescência.
Vida passa cada qual por seu rumo e num chamado surpresa nosso encontro
acontece, alegria com notícias nem tão agradáveis sobre pessoas queridas que
partiram desta vida, mas estamos aí.
Quando informo das camisetas que pinto
abre os braços e diz estar com loja bem no miolo da Savassi, Praça Diogo
Vasconcelos. Quer conhecer meu trabalho, negociar, expor, vender, motivo para
revigorar amizade. Ficará uns dias fora, é verão férias, retorna pronto
disposto a acertar tudo.
Sou ou não sou homem feliz?
As camisetas despertam interesse, eu
orgulhoso delas como pai sem filhos que então olho para essas peças como crias
minhas. Será ciume delas?
Belo Horizonte, 20 janeiro 2009
2 comentários:
Ouvi de alguém esses dias que não há, nesse momento, nada mais precioso que o tempo, nenhuma riqueza, nenhum bem. Verdade, cada minuto é algo que não mais voltará.
Adoro batatas, páes fresquinhos e visitas inesperadas :)
Abraços
Amo batatas: fritas, cozidas, assadas, fervidas, na fogueira de São João, em doces...
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