TORPOR
TORPOR
Toda vez que uma caneta acaba a tinta
comigo escrevendo me pego a pensar no quanto já escrevi. Penso também em quantas
canetas já passaram por mim, das que ganhei e perdi, das que habitam em minha
lembrança e até daquelas que não adquiri.
Existem canetas muito baratas, outras caras,
caríssimas. Tudo tem lá sua razão de ser, mas nem sempre o que é mais caro é o
que melhor irá nos servir.
Houve tempo que cismei em dar idade a
tudo. Todas as coisas deveriam ter marca em forma de data, sei lá, de início de
uso. Hoje já não sou tão assim, mas ainda aprecio usar as datas em coisas que
faço e que passo a usar. Mas tem coisa que não vale tal atenção, aí deixo pra
lá.
Quando observo o quanto já passei por esse
tempo eis que sinto espécie de torpor. Mas não sou tão ligado a essa coisa de
idade.
Belo
Horizonte, 21 outubro 2015
PINTANDO
VERSOS
Mãos
asas
Nas
ondas
Voam
braçadas
Irmanadas.
Barcos
e janelas
Sensações
escondidas
Pelas
escotilhas
Noites
enluaradas.
Mares
e praias
Sons
e sonatas
Nas
camisetas
Limpas
e salgadas
Puras
e arejadas
Por
cores e pinceladas.
Belo
Horizonte, 11 janeiro 2009
3 comentários:
A melhor parte de ter vivido é acumular histórias... histórias que vc pode relembrar e contar, como essa das canetas, algo que usamos de uma forma tão banal sem dar muita atenção, mas que sua sensibilidade não deixa passar em branco.
Tenha um lindo dia.
Abraços
Um lindo dia pra vc =)
Tudo passa com o tempo! Ficam as memórias.
Postar um comentário