DISTRAÍDO
DISTRAÍDO
Vou para onde vou
Sou quem sou
Vento trazendo calor
Querer querendo amor.
Cá estou onde estou
Passado que já passou
Presente brotado em flor
Imaginário e sem cor.
Na ausência dos passos
Pássaros voam distraídos
Enquanto busco casos
Surgidos ou trazidos
Por momentos rasos
E devidamente despidos.
Belo Horizonte, 22 fevereiro 2016
EIS O
MOMENTO
Chega um momento que não dá mais para
brincar com a vida. Chega um momento que é preciso ter a consciência do querer
bem acordada e pronta ao nosso agir. Chega um momento que somos buscados por
nós mesmos sem termos mais como alimentar orgulhos e vaidades infantis em que
por força do capricho nutrimos tantas recusas bestiais.
Não dá para simplesmente sairmos por aí
culpando o mundo do que de fato deixamos de fazer. A nossa capacidade de
superar o adverso e de reverter a desavença é enorme e fica maior ainda quando
então percebemos que pelo amor podemos mais.
João da Barra ainda acrescenta a esse
dizer a afirmação de que a vida sem amor não consegue escapar dos seus próprios
conflitos.
Belo Horizonte, 05 janeiro
2010
2 comentários:
Gostei que tivesse começado com um poema. Do seu texto realço "A nossa capacidade de superar o adverso e de reverter a desavença é enorme e fica maior ainda quando então percebemos que pelo amor podemos mais." Maravilhoso.
Um beijo.
Nós nunca somos nós... somos todas as nossas emoções, que as circunstâncias proporcionam...
Mas é sempre necessário saber compreendê-las... para as aceitarmos... e nos aceitarmos...
Gostei imenso do poema, Cadinho!
Abraço
Ana
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