Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

domingo, 21 de fevereiro de 2016

DISTRAÍDO

DISTRAÍDO
Vou para onde vou
Sou quem sou
Vento trazendo calor
Querer querendo amor.
Cá estou onde estou
Passado que já passou
Presente brotado em flor
Imaginário e sem cor.
Na ausência dos passos
Pássaros voam distraídos
Enquanto busco casos
Surgidos ou trazidos
Por momentos rasos
E devidamente despidos.
Belo Horizonte, 22 fevereiro 2016
EIS O MOMENTO
     Chega um momento que não dá mais para brincar com a vida. Chega um momento que é preciso ter a consciência do querer bem acordada e pronta ao nosso agir. Chega um momento que somos buscados por nós mesmos sem termos mais como alimentar orgulhos e vaidades infantis em que por força do capricho nutrimos tantas recusas bestiais.
     Não dá para simplesmente sairmos por aí culpando o mundo do que de fato deixamos de fazer. A nossa capacidade de superar o adverso e de reverter a desavença é enorme e fica maior ainda quando então percebemos que pelo amor podemos mais.
     João da Barra ainda acrescenta a esse dizer a afirmação de que a vida sem amor não consegue escapar dos seus próprios conflitos.

Belo Horizonte, 05 janeiro 2010   

2 comentários:

Graça Pires disse...

Gostei que tivesse começado com um poema. Do seu texto realço "A nossa capacidade de superar o adverso e de reverter a desavença é enorme e fica maior ainda quando então percebemos que pelo amor podemos mais." Maravilhoso.
Um beijo.

Ana Freire disse...

Nós nunca somos nós... somos todas as nossas emoções, que as circunstâncias proporcionam...
Mas é sempre necessário saber compreendê-las... para as aceitarmos... e nos aceitarmos...
Gostei imenso do poema, Cadinho!
Abraço
Ana