VISÃO
VISÃO
Na vitrine o relógio que vi e não comprei.
Os algarismos reluzentes do tempo em meus olhos esquecidos por entre segundos e
minutos passados por aquele mostrador iluminado pelo encanto de tão singular
exposição.
O que é feito no tempo de cada instante
mostra e esconde o que fazemos e deixamos de fazer. São momentos achados e
perdidos na lembrança de imagens idas a visões imaginárias.
O tempo do sonho não é o da realidade.
Belo Horiz\onte,
01 abril 2016
QUIETUDE DA
MULHER DO BOI
Do silencio que
invade a alma João da Barra experimenta a força do sentimento que liberta a
própria alma.
O amor é
sentimento de libertação, é postura de ida incontida e livre de todo e qualquer
dizer, dizer, dizer.
Na distância
imposta pela quietude da Mulher do Boi a aproximação de relatos observados por
João da Barra.
Na angustia a
pressão do que comprime o ser ido ao ceticismo do seu próprio libertar,
libertar, libertar. Não há razão no pranto que clama pelo alívio que é sinal de
reflexo vindo da busca de quem não consegue o desprendimento do seu próprio
agir, agir, agir.
O amor tem
estreita relação com a liberdade que tem em seu agir a manifestação equivalente
ao mar que liberta das suas ondas estrondos ensurdecedores e fascinantes,
fascinantes, fascinantes.
Belo Horizonte, 01 junho
2010
5 comentários:
"O que é feito no tempo de cada instante mostra e esconde o que fazemos e deixamos de fazer"
Grande verdade...
Feliz fim de semana.
Beijo
escritos com visão e amor.
Nem sempre o amor liberta...Só o amor verdadeira, mas este não existe entre nós...
O que existe é um "amor" egoísta e muitas vezes possessivo...Mas sua visão poética
é simplesmente maravilhosa!!!
o amor e seus enlaces...
Efectivamente, o tempo presente... é mais de desencanto... ainda que se olha para ele em ponteiros dourados...
Abraço
Ana
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