Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sexta-feira, 1 de abril de 2016

VISÃO



VISÃO
     Na vitrine o relógio que vi e não comprei. Os algarismos reluzentes do tempo em meus olhos esquecidos por entre segundos e minutos passados por aquele mostrador iluminado pelo encanto de tão singular exposição.
     O que é feito no tempo de cada instante mostra e esconde o que fazemos e deixamos de fazer. São momentos achados e perdidos na lembrança de imagens idas a visões imaginárias.
     O tempo do sonho não é o da realidade.
Belo Horiz\onte, 01 abril 2016
QUIETUDE DA MULHER DO BOI
     Do silencio que invade a alma João da Barra experimenta a força do sentimento que liberta a própria alma.
     O amor é sentimento de libertação, é postura de ida incontida e livre de todo e qualquer dizer, dizer, dizer.
     Na distância imposta pela quietude da Mulher do Boi a aproximação de relatos observados por João da Barra.
     Na angustia a pressão do que comprime o ser ido ao ceticismo do seu próprio libertar, libertar, libertar. Não há razão no pranto que clama pelo alívio que é sinal de reflexo vindo da busca de quem não consegue o desprendimento do seu próprio agir, agir, agir.
     O amor tem estreita relação com a liberdade que tem em seu agir a manifestação equivalente ao mar que liberta das suas ondas estrondos ensurdecedores e fascinantes, fascinantes, fascinantes.
Belo Horizonte, 01 junho 2010

5 comentários:

Teté M. Jorge disse...

"O que é feito no tempo de cada instante mostra e esconde o que fazemos e deixamos de fazer"
Grande verdade...

Feliz fim de semana.
Beijo

CÉU disse...

escritos com visão e amor.

Marineide Dan Ribeiro disse...

Nem sempre o amor liberta...Só o amor verdadeira, mas este não existe entre nós...
O que existe é um "amor" egoísta e muitas vezes possessivo...Mas sua visão poética
é simplesmente maravilhosa!!!

Sara com Cafe disse...

o amor e seus enlaces...

Ana Freire disse...

Efectivamente, o tempo presente... é mais de desencanto... ainda que se olha para ele em ponteiros dourados...
Abraço
Ana