NADA
NADA
Nada neste mundo é meu
Nada neste mundo sou eu.
Água no fogo ferveu
Vapor foi indo
desapareceu.
Nada na nuvem que
escureceu
Nada na noite que
amanheceu
Ontem lembrou hoje
esqueceu
Do que não nasceu nem
morreu.
Chão na planta que
cresceu
Silencio na flor que
floresceu
Tudo mostrando o que já
apodreceu.
Entendeu que não
entendeu
Nada do que aconteceu
Esse aí era ele ou eu?
Belo Horizonte, 30 outubro 2016
CAVALINHO
Vai cavalinho de
brinquedo ao galope de sonhos e fantasias, desejos que balançam no corpo
coração que bate qual patas no chão de tantos rumos. Cavalinho brinca com a
imaginação, sugere saltos e paisagens a comporem instantes inteiros do nosso
viver.
Da praia João da Barra
avista cavalo e cavaleiro num exercício que mistura destreza e elegância.
Animal de porte fino que pisa firme sobre areia da praia extensa em magia e
sonho.
Cavalinho de brinquedo
alheio ao que então brinca com meu íntimo permanece quieto e exposto à venda
que cedo ou tarde por certo acontecerá.
Belo Horizonte, 06 março
2012
Um comentário:
Grande poeta. Li com gosto cada verso seu.
Abraço
Postar um comentário