COINCIDÊNCIA
COINCIDÊNCIA
O dia amanheceu chuvoso.
Eu querendo caminhar com Xamã, cão de mistérios sutis.
Chovia e por isso a
caminhada com Xamã não acontecia porque com chuva molhando seu pelo não é bom.
Chovia e a ânsia do Xamã
permanecia, digamos, contida. De repente a chuva foi diminuindo e a disposição
do cão aumentando. Como que por encanto veio estiagem.
Saímos eu e Xamã para
caminhada diária. Nem passou muito, após nossa chegada, para que a chuva
retornasse ainda que mansa.
Coisas assim acontecem por pura e simples
coincidência?
Belo
Horizonte, 30 outubro 2017
MARIE-GALANTE
Direi ter
sido só uma travessia. A distância não chegou a exigir tanto do tempo. No mar,
entre ilha e outra, o veleiro seguiu sem pressa. E o instante apontado pelo
destino não tardou aparecer.
U mistério.
Um lugar misterioso. O barco, uma vez ancorado, tem em sua vizinhança espécie
de enigma. A pequena dimensão geográfica da ilha, oculta outra dimensão
estampada por sua essência. Não direi em que margem estou da Ilha
Marie-Galante. Uma praia, cuja beleza reflete o encanto desse dia afastado de
tudo. Afastado ou próximo do que há de mais profundo neste viver?
O veleiro
não responde. O que confere mais um motivo para chama-lo de Miragem. Visões
mudas a proporem este espaço de mundo que distingue o Mar do Caribe, do
Atlântico-Sul. Sinto-me extasiado.
Belo Horizonte, 03 abril 2000
Um comentário:
Coincidências? Não. O Xamã precisava de passear e o céu fez-lhe a vontade...
Uma boa semana.
Um beijo.
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