CINZEIRO
CINZEIRO
Tenho cigarro
Não tenho isqueiro.
Tenho isqueiro
Não tenho cigarro.
Ganhei cinzeiro de barro
Senti sua forma, cor e cheiro
Vindo lá do estrangeiro
Cinzeiro não é jarro.
Acendo lembrança
Apago desconfiança
Já não sou criança.
Fumaça flutuando
Eu divagando
Ou talvez delirando.
Belo Horizonte, 04 novembro 2017
EU
SEM RESPOSTA
Por que negar a madrugada a buscar de mim
tanta vida?
Por que negar a manhã a buscar de mim
tanta vida?
Por que a loira e enluarada silhueta a
buscar de mim tanta vida?
Por que negar os sonhos e os desejos
tantos a buscarem de mim tanta vida?
Eu tão sem respostas insisto em permanecer
na insistência de tão óbvias indagações. E da música que ouço, a sugestão viva
de tantos momentos escapados da vida. Enquanto isso, o caminho outro do
entendimento na desavença do silencio que, como eu, permanece sem respostas.
Belo Horizonte, 24 maio
2000
Um comentário:
Tanta "coisa" sem resposta e apesar de ler e concordar ... nem sei o que dizer a quem tão bem sabe escrever!!!
Bom fim de semana!!!
https://mgpl1957.blogspot.pt/
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