PARAFUSINHO
PARAFUSINHO
Quando soltei parafusinho daquela peça que exigia cuidado, o danado
saltou, rolou e da mesa foi ao chão. Ouvi barulho dele repicando na madeira do
piso, mas quando fui pega-lo, onde foi parar o danado? Não pode ser, ele caiu
agora mesmo e já sumiu?
Começo procura que só faz achar meu mais solene inconformismo com perda
tão ridícula.
Cadê o parafusinho?
Arrastei móveis, tirei tudo do chão e nada. Não pode ser! Mas como é que
um parafusinho some assim do nada? Acendi lanterna ampliando iluminação, mas
ele sumiu mesmo como é que pode?
Tempo passou eu pensando no que tenho para fazer, desisti.
Quando tiver de aparecer o parafusinho aparecerá e pronto.
Belo
Horizonte, 14 novembro 2017
ESTRANHEZA
Diante do desejo, espécie de conversa. Considerações a estabelecerem
vínculos entre a realidade e a fantasia.
O que é a realidade? Eis a pergunta vinda, talvez até da fantasia.
O que é a fantasia? Eis a pergunta vinda, talvez até da realidade.
São tantas as vindas a irem transportando a vida a tantas idas, que
poucos não são os lugares a causarem estranheza.
Belo Horizonte, 04
setembro 2000
2 comentários:
Quem nunca perdeu um parafusinho? Quem?
São os inexplicáveis caprichos da matéria inerte que, subitamente, parece não o ser.
Boa noite meu amigo
Sem querer entrar onde não devo, permito-me perguntar porque escreve poesia em prosa?
Porque não escrever em quadras, oitavas, tercetos, etc?
É apenas uma sugestão, nada mais que isso. Gostei muito de ler
.
Deixo saudações amigas
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