LARISSA
LARISSA
Um dia
perguntei qual era o seu nome e ela me disse: Larissa. Bonito nome foi o que
pensei de imediato indo embora realçado pela delicadeza e educação da Larissa.
Isso faz um tempo, já não sei quando aconteceu.
Hoje
constato interessante acontecimento que aparece em meus momentos de reflexão
porque já perdi a conta das vezes em que esqueci o nome dela. Aí fico
incomodado tentando lembrar, sem saber ao certo como fazer. Passo por Clarice,
Cacilda, Helenice e mais uma variedade de sugestões perdidas em sonoridade
outra que não é o que caracteriza aquela tão particular: Larissa.
Por pensar
no esquecimento percebo que, por mais uma vez, perdi meus óculos servidos para
leitura.
Onde foi
que coloquei esses benditos óculos?
Belo Horizonte,
02 dezembro 2017
VIAJANTE DE
PASSAGEM
Creio que
nunca esquecerei daquela enorme mesa decorada com tamanha variedade de queijos,
todos produzidos naquela região. Eu estava no Serro, um dos graciosos berços
das Minas Gerais.
Era uma
casa antiga, com móveis antigos, com uma quietude antiga, com um cuidado antigo
e descansado naquele banco, pesado por século de existência. Pães de queijo e
um café com sabor histórico. Tudo de um tempo contado por vasos a exalarem a
juventude de flores tingidas por amores passados e restaurados por pétalas de
esperança.
Os queijos,
deliciosos. A casa, maravilhosa. O Serro, apaixonante.
Eu estava
ali, viajante de passagem. Chegava de rápida ida a Sabinópolis, que agora surge
alegre em minha lembrança. As flores daqueles vasos parecem acenar pra mim. Mas
não estou no Serro.
Estarei em
Sabinópolis?
Belo Horizonte,
27 fevereiro 2001
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