TARDE DEMAIS
TARDE DEMAIS
Quis
ensinar, mas ainda tinha muito que aprender. Não quis aceitar e quando precisou
não conseguiu mais achar o caminho. Perdida em meio a tanta escuridão resolveu
inventar jeito qualquer com palavras confusas e ideias desencontradas.
No outro dia quis estar com amiga talvez em
algum bar. Conversa descontraída sem prévia intenção. Vinho ou cerveja?
Beberam
elas e ele na mesma mesa de prosas e risos. Tempo passando no convívio
agradável de descontração realçada por leves toques de intimidade.
- Você não
sabia nem nunca desconfiou de nada? Relógio esquecido no pulso do tempo
entregue às mãos de olhares com efeitos luminosos.
Era tarde
demais para uma despedida qualquer.
Belo Horizonte, 22
dezembro 2017
DIUTURNO
O ruído
É de trem.
Se tem ruído
Tem um trem.
A velocidade
É escura
Nos trilhos
Da noite.
Vago pensar
Passar de vagões
Divagações.
Passa o trem
Vindo de não sei
onde
Indo para não sei
onde.
Belo Horizonte, 08 setembro 2001
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