Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

CHOVENDO

CHOVENDO
      Noite inquietada pela turbulência de pensamentos sombrios. Ameaças a buscarem sugestões projetadas pelo viver então escorado pela fé no que faz avançar propósitos em curso.
      Aquarelas flutuando no imaginário da noite em busca de amanhecer pronunciado pela execução do antes concebido.
      Inspiração tem hora marcada?
     Tudo acontecendo no nublado do tempo que diz querer chuva. Dia amanhece úmido denunciando tempo chuvoso.  Nuvens carregadas pelo cinza sombrio de instantes regados pelo fazer em busca de movimentos diversos.
      Na padaria, pão quentinho.
Belo Horizonte, 05 fevereiro 2018
DE UMA VISÃO
     O Cavaleiro da Meia-Noite parecia mesmo transtornado.
     - Uma escultura, marco do lugar onde foi encontrada a imagem de Santa Luzia. Um retângulo alto e estreito, em chapa grossa, de ferro. Que seja de pedra. Sua altura deverá ser superior à maior atingida pelo Rio das Velhas, em período de enchente, para que a escultura nunca fique completamente submersa. No alto da peça, dois círculos vazados, lado a lado. Logo abaixo, uma cruz muito comprida e estreita, também vazada.
     Os círculos representam dois olhos, elemento da proteção de Santa Luzia. Poderão também simbolizar o bem e o mal, o dia e a noite, o claro e o escuro, o direito e o esquerdo, ou até mesmo o mundo dos homens e o mundo de Deus, para não dizer o limpo e o sujo. A cruz, identificando o cristianismo traz a presença de Cristo. Mas, a cruz da escultura poderá também ser vista como sendo uma daquelas enormes e pesadíssimas espadas usadas lá no século quinto, quando então Santa Luzia foi degolada. A imagem da cruz, ou espada, estará inclusive sugerindo sinal de alerta à atual situação do Rio das Velhas, que vive autêntico martírio.
     Mas, devo admitir e advertir que não sou, nem nunca fui escultor. O relato que faço refere-se a espécie de visão que tive e tenho tido como pura provocação a exaltar o quanto é importante o passado para o presente, que é tão nosso quanto o futuro que também é das gerações que estão por vir.

Santa Luzia, 15 dezembro 2002

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