CONTRASTES PERIGOSOS
CONTRASTES PERIGOSOS
Mas é claro que quando agimos pelo expediente da malícia o que fazemos é
estimular a desconfiança capaz de estampar em nós a dúvida. Investir na
confiança é trabalhar a favor do
acreditar que, por sua vez, estimulará o espírito da fé em nós.
Evidente existirem riscos espalhados por aí impondo a necessidade de não
ficarmos entregues à ingenuidade. O que passa a buscar em nós a malícia é
exatamente o que ameaça o nosso espírito de fé fazendo com que, em alguns
momentos, não nos permitamos às ameaças que existem sim e que aparecem sim para
desviar nossos caminhos. No entanto, tratar o que atenta contra nós sem
levarmos em conta o que trazemos de essência em nós mesmos poderá nos conduzir
para posicionamentos contrários ao que buscamos alcançar.
Uma coisa é nos permitirmos ao mais vivo espírito da fé, outra é nos
entregarmos ao acreditar daquilo que termina por demolir a fé em nós mesmos.
Uma coisa é estarmos atentos e outra é estarmos no expediente da
esperteza que nos corrompe.
Belo Horizonte, 08 fevereiro 2018
IDÉIAS
Vamos e voltamos a lugares que nunca são os mesmos. Ruas de lembranças
construídas agora, por casas nunca vistas antes. Há surpresa na lembrança e no
sentimento que tenta o esbarro em referências perdidas e achadas em nossos
íntimos.
Para quem já viveu nascer outro não é diferente, muito embora não seja a
mesma coisa. A diferença está em tudo, para que não percamos a ânsia da caça
pelas semelhanças.
Cavalgar à margem do rio é estar indo para a nascente ou para o mar.
Nascer para o rio, é ir para o mar. E o mar é infinito que desafia medida,
início e fim. É como a noite que sempre parece ser a primeira e a última. Mas
eis que entre cada dia ela aparece, para que entre seus mistérios também
apareça o dia.
Belo Horizonte, 20
janeiro 2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário