EVIDENCIANDO
EVIDENCIANDO
Como querer a paz quando o agir resolve assumir o caminho do tormento?
Buscar alívio no que faz mal não contribui para a conquista do benefício que
vem a suavizar o nosso tempo.
Sentir o amor com amor é dar amor ao próprio amor. Qual a necessidade
que há em defender o amor assumindo por isso a postura do ataque? O amor não
tem e nem traz nenhuma relação com o que desencadeia a violência, por estar o
amor vinculado à aproximação, enquanto que a violência promove o afastamento.
Ao agir alicerçado pela mentira o resultado surge pronunciado pela
ilusão.
Na verdade a paz é sinal de que o autêntico não tem como se misturar com
a farsa.
Em princípio a simplicidade é exatamente o oposto do comportamento que
busca complicar tudo, para que da complicação seja construído o esconderijo tão
necessário a quem não se disponibiliza à luz das evidências.
Belo
Horizonte, 05 março 2018
NOSSA
HORA
A melhor hora para se fazer seja lá o que for, é aquela que traz a nós a
vontade de se fazer seja lá o que for. Evidente existirem coisas a exigirem
hora determinada. Mas a melhor hora para se marcar seja lá o que for, é aquela
que traz a nós, a vontade dessa marcação. Tanto o expediente do adiamento
quanto a precipitação, no mais das vezes não funciona por tornar-se artificial.
Vontade não se impõe.
Entre fazer a hora e ser feito pela hora, diferença singular. Quando
então abrimos permissão para a hora que queremos construir, fechamos a
possibilidade de sermos levados pela maré da aversão e de tudo aquilo que exala
em nós antipatia. Darmos a nós mesmos o que buscamos, é darmos a nós mesmos o
que queremos ser. Portanto, o melhor a fazer é fazer o melhor para que a nossa
hora não fique perdida em nós mesmos.
Belo Horizonte, 26
julho 2003
2 comentários:
Estava a lê-lo: "A melhor hora para se fazer seja lá o que for, é aquela que traz a nós a vontade de se fazer seja lá o que for" e lembrei-me do que dizia a minha mãe: Vale mais uma hora com vontade do que um dia inteiro sem vontade nenhuma...
Uma boa semana.
Um beijo.
O amor pode ser, em algumas circunstancias, sinônimo de dor. E aquele que sofre precisa ver o outro sofrendo também e aí o amor passa de sentimento a doença. A angustia que então se instala precisa de escape, embora este escape tenha, muitas vezes, laivos de maldade ou mesmo de total sentido destruidor. Que pena!!!!!!!
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