TRINTA E CINCO ANOS
TRINTA E CINCO ANOS
Hoje completam trinta e cinco anos que
meu pai morreu. O que não quer dizer que ele tenha, para mim, deixado de
existir. Pela lembrança mantenho vivo sentimento de afeição em forma de amor
que então transmite sua estreita relação com o que entendo como infinito, se é
que consigo entender a existência do infinito.
Mas, o que importa mesmo é ter a referência do meu pai vivo em meu viver
a sempre comparecer com seus ensinamentos aos tantos momentos que, na prática,
fazem com que do meu pai eu seja um eterno aprendiz. O que além de estimular
faz com que eu imponha ao meu viver a constante busca do bem a, na medida do
possível, isolar o mal dos meus dias.
Belo Horizonte, 02 março 2018
AMANHÃ
TEM MAIS
Da varanda, horizonte imenso de ondas em pedra. Mugido de bois e vacas,
seguido de carinhosos berros de chamados assumidos pelos bezerros.
Passa o carro de boi na ternura viva que compõe a tarde na fazenda. Tudo
tão harmonioso e tão sem pressa nessa
vida que é mato e comida quente vinda de um fantástico fogão de lenha.
Corpo vai descansando aos poucos e sentindo cada rastro deixado na
poeira da pele encardida. Para esta caminhada amiga, amanhã tem mais. É mais
gente que aparece, é nova cidade que surge, são novos hábitos e falas.
Fazenda do Sobrado, 08
julho 2003
3 comentários:
O meu partiu há 2 anos mas no coração jamais deixará de existir!!!
bj
O meu partiu há 2 anos mas no coração jamais deixará de existir!!!
bj
O meu foi há 6, não me deixou saudades! Confesso.
Espero-te no meu ninho :))
Beijinhos molhados
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