CAMISETAS MILAGROSAS

Não me venha com teoria porque tudo é relativo e para acreditar basta acreditar. A propósito, celebra-se hoje tempo de 15 meses de existência deste meu nosso blog.
CAMISETAS MILAGROSAS

Desceu apressada pela Avenida do Contorno ontem, passou por mim sorrindo dizendo que ia malhar.
Camiseta em seu corpo ficou boa mesmo. Parece ter dado ênfase à sua alegria disposição.
É provável que tenha ido a uma dessas academias de ginástica. Fosse eu vendedor também iria lá, vender camisetas. Minha cabeça parece um varal com muitas camisetas penduradas. Todas brancas porque agora só pinto em camisetas brancas. Foi sugestão da Juliana que mostrou-me ter interessante talento para vender. Dia desses, em menos de cinco minutos vendeu camiseta para aquele marmanjo sem graça, sem jeito e ruim de conversa. Disse que ia dar camiseta de presente para secretária sei lá de quem e que ela iria gostar, com certeza.
Como não ponho dúvida no poder milagroso das camisetas, penso até que a tal secretária passou a olhar com outros olhos para aquele fulano mal arrumado.

Belo Horizonte, 27 fevereiro 2008

RESPOSTA

- Ser Cavaleiro da Meia-Noite é conviver com situações que vão se ajustando ao longo dos dias e das noites. O que poderá sugerir enorme mistério. Mas, se destinado à compreensão, o raciocínio alcançará a simplicidade. A distinção está no significado do que poderá ser ou não necessário ao nosso estar no mundo. Valores proporcionados por medidas diversas e tão comuns quanto as encontradas em cada um de nós.
Observe minha vestimenta. Ela poderá ser tão antiquada quanto revolucionária. Tudo depende da conclusão de cada pessoa. Em princípio, o uso que faço dela não está relacionado ao que é usado hoje. Também, no mais das vezes nem chego a ser visto. Bem sei das tantas lendas relacionadas à minha imagem que, em verdade, deverá sim incomodar, assustar e afastar aqueles espíritos expostos a tormentos e atos que libertam o mal por não reconhecerem o bem.
Sendo assim, ser o Cavaleiro da Meia-Noite é cavalgar pela liberdade de possuir a vida de uma outra vida escapada do tempo feito em minutos e horas. Por isso mesmo, não faço uso do relógio que tanta gente julga transportar, quando a bem da verdade são eles, os relógios, é que acabam transportando esses seres tão iludidos e confundidos justamente pelo que fazem.

Belo Horizonte, 03 dezembro 2002