CISMO

Estou para dizer quer tudo que planejamos, não passa de ilusão
CISMO

Cismo que tudo tem sua razão de ser porque depois de pensar bem o que era para ser assim não foi menos mal. Por outro lado, muito do que acontece tal como quisemos que acontecesse nem deu tão certo, mas era preciso acontecer para mostrar ensinar enganos que cometemos.
Dos esquecimentos e lembranças parece haver algo que também não aparece mas que age para que possamos entender o que de fato está em nós. Tem esquecimento que termina por ser o melhor que podia acontecer. Tem lembrança que não poderia surgir em melhor momento. Mas como é que tudo isso acontece?
Cismo que o melhor mesmo é não ficar só na trava da vida. A natureza do suceder precisa carece de liberdade e para que de fato sejamos livres, nada mais singular do que dar sentido ao que quer a vida viver, para que ela também possa mostrar mais do seu querer.

Belo Horizonte, 18 março 2008

FORA DE PROPÓSITO

Diz ter brigado com Deus. Afirmação grave, gravíssima. Por isso mesmo é que o motivo passa a não ter tanta importância. Evidente tratar-se de singular inconformismo que poderá também ser reflexo de alma egoísta e não menos obtusa. Uma coisa puxa outra.
Em princípio, ninguém tem capacidade de brigar com Deus, pelo simples fato de não poder tê-lo como adversário. Deus está acima do bem e do mal, tal como está acima do contra e ou a favor.
Por questão de evidência, não creio no ateu. Não percebo como acreditar em quem não acredita. E o mundo está repleto de registros deixados por pessoas que passam vida toda negando Deus, para à margem da morte mergulhar na prece a pedido de clemência. Isso sem contar com os que sequer tiveram chance, ou tempo, de dar trato à consciência.
Depois, a vida torna-se toda atravancada e o fulano, indignado, vai dizer que Deus não ajudou. E a gente ainda tem que ouvir e incluir em nossas orações pedido de paciência ao Pai que, francamente, tem que tolerar cada coisa. O Cristo tem mesmo razão ao dizer: “perdoe Pai, eles não sabem o que fazem.”

Belo Horizonte, 25 abril 2003