CÃO DA PRAIA
Toda lembrança minha está no mar
CÃO DA PRAIA
Quando pela manhã passeava pela praia, deparei com aquele cão grande, pardo, manso, sem raça definida. Fez gesto de aproximação, chamei e ele seguiu-me. Andamos um bocado, até naquela ponta onde surge enorme parede de pedra terra vermelha, maravilha da natureza. Avançar mais era impossível porque o mar vinha e batia num verdadeiro muro de pedra.
No pensar de suave rebentação, cachorro ali comigo à espera de atitude. Breve descanso e retornamos, ele à frente. Parecia velho parceiro. Lembrei-me do cão Aleph.
De lá vinha moça passos ágeis, nova na idade. Cão mudou rumo passou a segui-la. Cruzou comigo, mais afastado. Mesmo agora ao lembrar disso, não sei se aquele animal é dela que nunca mais vi.
Belo Horizonte, 17 maio 2008
O PERSEGUIDO
Ronaldinho queria aquele gol, porque precisava daquele gol. Por um instante, tudo parecia confuso. A euforia do adversário insistia em não assimilar o rigor da derrota. As bolas na trave renunciavam a insistência da vontade. Até que veio o gol.
Ronaldinho na dimensão do artilheiro, trazia consigo a felicidade de um encontro tão perseguido. O gol estava ali realizado, concluído, conquistado.
Da transpiração, o sentimento vivo do alívio respirado pelo coração. Ronaldinho veio livre de todos os pesos, solto, veloz, atento e convicto.
O Chile já não tinha mais o que fazer. Quatro a um para o Brasil.
Belo Horizonte, 03 julho 1998
2 comentários:
Boa noite de sábado, meu amigo.
Entro no seu cantinho
e passo minutos lendo
e apreciando tudo.
Sinto que você é um
apaixonado pelo mar.
Fico lendo, e viajando
nas palavras.
Aquele cão talvez
sentisse necessidade
de ser amigo seu e da moça.
"Fiquei um pouco com o
Cadinho; agora vou acompanhar a jovem".
Obrigada pela visita.
1000beijosssssss.
Pode ser que ele goste de acompanhar as pessoas de que gostou!
Beijos
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