PROGRAMAS MENTIROSOS

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PROGRAMAS MENTIROSOS

Pego-me a observar algumas situações que depois não consigo tira-las do ridículo que percebo haver nelas.

Dia desses, em programa de televisão, deparei com discussão sobre a tal da divisão de renda no Brasil, que até onde sei continua como país que tem das piores divisões de renda do mundo.

De repente a defesa de que no nordeste há melhora expressiva da divisão de renda por causa da política social do Governo Federal.

Primeiro, seria interessante saber dos que ali estavam quem tem ganhos do Governo Federal, para que daí possamos iniciar leitura de isenção das opiniões. Segundo, seria interessante saber qual o percentual de faturamento da tal emissora, vindo do cliente Governo Federal, via publicidade e assim teremos percepção do quanto a tal emissora pode colocar-se livre dos interesses deste seu cliente. Terceiro que é sempre bom lembrar que o procedimento das pesquisas neste Brasil tal como está não faz por merecer tanto crédito assim, posto estarem também por demais intoxicadas por interesses que afetam seus métodos e, por consequência, seus resultados.

Fato é que vivemos, na realidade dos acontecimentos, situação por demais confusa em que a todo instante somos surpreendidos por notícias que só fazem mostrar o quanto este país está perdido e entregue à violência, à corrupção, mentira, cinismo e outros procedimentos pra lá de degradantes.

No Brasil de hoje o volume de dinheiro remetido ao roubo em suas diversas versões é a própria demonstração do tamanho da mentira instalada nas ações do Governo Federal.

Belo Horizonte, 24 maio 2008

SEM IMPORTÂNCIA

Passei a dar pouca importância ao que oportunamente poderá ou não, ser importante. Trata-se de matéria subjetiva. O que para mim poderá parecer ser tão importante, para outra pessoa poderá simplesmente não ter o menor sentido. Aí, mais importante que tudo, será compreender as tantas relações dos valores existentes por aí. O que nem sempre torna-se compreensível. Até porque, em muitos casos, a compreensão surge como algo sem qualquer importância. Daí, a intolerância do que não chega a ser tão importante quanto parece.

Belo Horizonte, 23 agosto 1998