SINAL DE CUMURUXATIBA

Sugiro leitura, no blog com.vida, do texto escrito por Carol Meyer relacionado ao Dia das Mães

SINAL DE CUMURUXATIBA

Quando voltava da praia procurei isqueiro para acender cigarro. Se ele não estava no bolso da bermuda, sinal de que perdido ficou na praia, quando então deixei por ali bermuda, para mergulho no mar. Antes que pensem demais, tenho hábito de ir ao mar com sunga que é veste que uso desde sempre. Voltei, não encontrei mais o que queria.

Foi minha irmã Christina quem ensinou-me, faz tempo, pedir pela alma de Antônio Maranhão para auxiliar na procura e achado de objeto perdido. Lembrei pedi esperei. Depois de dois dias, isqueiro perdido naquela praia quilométrica apareceu trazido por Terra, capoeirista porreta de Cumuruxatiba. Filho de Dona Lúcia, senhora de fama por seu talento em produzir cocadas fantásticas.

Ainda sob recomendação da minha irmã Christina, uma vez encontrado objeto perdido, há de se agradecer, em prece, feito de Antônio Maranhão. Já aproveito para aliar tudo em único gesto.

Se o isqueiro é fogo, eis que dele brota sugestão de luz que peço a Deus para iluminar alma de Antônio Maranhão e da minha irmã Christina que já não vive entre nós, mas que está lá onde está Antônio Maranhão, ambos encontrados pela luminosa presença de Deus que é luz das luzes, fogo dos fogos, isqueiro dos isqueiros.

Belo Horizonte, 10 maio 2008

ANDRA E ALEPH

Noite de namoro. A Andra apareceu linda. Aleph observou de longe, ensaiando sua aproximação. Corações aflitos, na penumbra das mais envolventes intenções.

Da saudação primeira, brincadeira qualquer. Noite inesquecível. Andra e Aleph.

A primeira noite dela, a primeira noite dele. Nasceu emoção, brotou proposta. De repente, cão e cadela no enlace daquele cruzamento trazido pelo destino.

Belo Horizonte, 28 novembro 1998