CAMPANHAS E CAMPANHAS

É sempre bom não confundirmos para não sermos confundidos
CAMPANHAS E CAMPANHAS

Em situação de desgoverno a liberdade se confunde com a baderna.
Na política campanhas que, em princípio, promovem propagam candidaturas. Mas existem campanhas e campanhas que ao invés de propagarem se perdem na imposição de candidaturas já nascidas assim, perdidas. O que vem daí vai além do razoável. É a marca da irresponsabilidade de governantes que em seus discursos instigam a população para a violência, para a agressão e para o tumulto tão usado por segmentos que não sabem conviver com a liberdade. Assim é que propostas dão lugar a ameaças e que procedimentos não menos sombrios entram em conflito com a paz do entendimento.
Quando a campanha política se perde pela própria incompetência, tudo pode acontecer.

Belo Horizonte, 18 outubro 2008

INVENÇÕES

Para cada minuto, um minuto. Horas que vão surgindo, horas que vão passando.
Para cada hora, uma hora. Para cada dia, um dia. E as semanas passam. E os meses voam. E os anos atravessando o tempo, rompem séculos.
Agora que desliza no tempo de um silencio secular. Século de vozes e falas a descobrirem o mundo descoberto por ele mesmo, mas que nunca mais será ele mesmo.
O mundo é outro sempre. Somos sempre a outra parte de tudo aquilo que nos completa e nos remete a outras partes a serem descobertas. Somos sempre o significado de outras descobertas.
Está tudo inventado, para que inventemos tudo que não está inventado. Somos a tradução de nossas invenções.
Mas quem é que nos inventa?

Belo Horizonte, 13 agosto 2001