CONVERSA ABERTA

Pra quê segredar?
CONVERSA ABERTA

Tenho sim critérios em minha vida tal como penso acontecer com todo mundo.
Preciso de ser lido todos os dias porque escrever pra mim é ato de sobrevivência e por isso com propósito aberto para negociação do que faço. Hoje não tenho patrocínio, mas aí a conversa toma rumo que não cabe aqui.
Se preciso vender camisetas que pinto, é lógico que preciso pinta-las para que isso aconteça. Então o propósito é o de pintar todos os dias.
Não tenho outra atividade profissional e isso é de um incômodo terrível porque estou cansado de não ter dinheiro. Então o meu negócio é oferecer camisetas, ou pinturas que faço nelas, como bem observou dia desses a Brunella. Ao mesmo tempo preciso de vender o que escrevo. Os textos que crio não são frutos da minha diversão. Eles são sim aquilo que produzo com esperança sem tamanho de por eles conseguir meu sustento. E não tenho reserva em afirmar que preciso e quero ganhar dinheiro.

Belo Horizonte, 21 outubro 2008

DIUTURNO

O ruído
É de trem.
Se tem ruído
Tem um trem.
A velocidade
É escura
Nos trilhos
Da noite.
Vago pensar
Passar de vagões
Divagações.
Passa o trem
Vindo de não sei onde
Indo para não sei onde.

Belo Horizonte, 08 setembro 2001