DIA DO VOTO

Eu precisava escrever isto e com o texto Desempanando surge interessante ocasião para sentirmos como ficam invertidos os valores em tantas ocasiões
DIA DO VOTO

Hoje é o dia do voto eleições obrigatórias municipais. Aproveito ocasião para em breve discurso prestar esta homenagem.
A todas as candidaturas expostas ao voto de hoje, em particular a quem disputa eleições em Belo Horizonte, minha homenagem. É pelo desempenho de vocês, seja em campanhas ou mandatos que já exercem, é que dedico este gesto. Pelo que representam e pelos exemplos que dão à nossa população é que aqui me exponho. Por demonstrarem o que de fato são é que lhes concedo este meu agir.
O meu voto hoje, que suponho não poder declarar, é marcado pelo constrangimento de não ter percebido em nenhuma candidatura, atitude que me levasse a decisão outra. Para mim, estamos diante do que há de mais atrasado no nosso processo político. De minha parte protejo e preservo o meu voto de confiança, de situação como a que veio a público por ocasião desta vexatória campanha eleitoral que só faz degradar ainda mais a realidade que estamos nela.

Belo Horizonte, 05 outubro 2008

DESEMPANANDO

Quando a empada passou a ser mais importante que o freguês, instalou-se o equívoco.
Quando acreditou no lucro proporcionado pela empada, ignorando o trazido pelo freguês, o equívoco tornou-se ainda mais alimentado.
Freguês não é empada. Por isso mesmo é que a empada nada tem a oferecer ao freguês. O freguês sim é que oferece o seu apetite, o seu paladar e a sua vontade à empada. Do que servirá a receita, o tempero ou a estética da empada, sem a apreciação de quem irá dar a ela algum valor?
Confundir empada com freguês é o mesmo que querer vender o freguês para a empada.
Será isso sensato?

Belo Horizonte, 03 maio 2001