GOVERNANTES DESGOVERNADOS
O precipício não manda convite e nem cria resistência a quem quiser ir ao seu encontro
GOVERNANTES DESGOVERNADOS
GOVERNANTES DESGOVERNADOS
Pobre do governante que, uma vez eleito pelo povo resolve ignora-lo em favor de sua ambição pessoal. Por força da sua cobiça torna-se frágil, bobo e fútil quando se alia ao seu opositor não menos envaidecido pela ilusão de possuir o que não tem. O poder de ambos é efêmero por tratar-se do que lhes são concedido em voto temporário. Será que não percebem que estão onde estão mais para servir do que para serem servidos?
Não será pela ilusão que seremos contemplados pela verdade que mesmo entre nuvens de tantas mentiras, se impõe sobre tudo e todas as coisas.
Hipócritas são os governantes que ao se permitirem ao cerco dos bajuladores tentam impor suas artimanhas aos mais humildes. Esquecem que estão onde estão pela confiança dada em voto exatamente por aqueles que agora querem dominar?
Tolos são estes governantes governados pela embriaguez da ganância que termina por transformá-los em oradores de autênticos delírios.
Não será pela ilusão que seremos contemplados pela verdade que mesmo entre nuvens de tantas mentiras, se impõe sobre tudo e todas as coisas.
Hipócritas são os governantes que ao se permitirem ao cerco dos bajuladores tentam impor suas artimanhas aos mais humildes. Esquecem que estão onde estão pela confiança dada em voto exatamente por aqueles que agora querem dominar?
Tolos são estes governantes governados pela embriaguez da ganância que termina por transformá-los em oradores de autênticos delírios.
Belo Horizonte, 16 outubro 2008
CAVALO OU ÉGUA?
Era um cavalo com orelhas humanas. Talvez uma égua. Um cavalo, ou uma égua com corpo de cavalo, ou égua, com patas de cavalo, ou égua, e com seu dorso maciço e de um pelo escuro e belo. Narinas de inconfundível porte eqüino, tal como denunciava a boca e olhos. Mas as orelhas eram humanas.
Meus olhos levados pelo latido do cão não acreditaram no que viam. A inquietação do cão passou a transpirar meu corpo. Bem diante de mim aquele semblante manso e paciente. O cão nervoso, preso ao meu controle, saltava pedindo liberdade. Atônito, meu raciocínio preso naquele par de orelhas a engolirem o latido do cão.
Sem qualquer pressa, animal foi se afastando até sumir na curva coberta pelo barranco. Cão acalmou, enquanto pensava comigo naquelas orelhas. Senti ouvido zumbir e a manhã tornar-se plena no espaço. Eu e cão sumimos na manhã daquele dia, que de tão estranho parecia desaparecido de nós.
Meus olhos levados pelo latido do cão não acreditaram no que viam. A inquietação do cão passou a transpirar meu corpo. Bem diante de mim aquele semblante manso e paciente. O cão nervoso, preso ao meu controle, saltava pedindo liberdade. Atônito, meu raciocínio preso naquele par de orelhas a engolirem o latido do cão.
Sem qualquer pressa, animal foi se afastando até sumir na curva coberta pelo barranco. Cão acalmou, enquanto pensava comigo naquelas orelhas. Senti ouvido zumbir e a manhã tornar-se plena no espaço. Eu e cão sumimos na manhã daquele dia, que de tão estranho parecia desaparecido de nós.
Belo Horizonte, 30 julho 2001
13 comentários:
desgovernados e não controlados por que a população é, em sua maioria, ignorante, e mais louva esses caras que exige postura e trabalho.
isso foi um sonho?}
caramba destas orelhas de gente rsrs.
bjosss...
Eu acho que a meta de muitos governantes é só chegar ao poder, assim que são eleitos, sua meta é atingida. Eles não têm ambição de ver uma cidade, um país melhor. Essa deve ser a meta dos governantes. O resultado final da eleição é apenas o começo da caminhada de quem foi eleito, a meta ainda está longe de ser atingida para aquele que tem o objetivo de uma cidade melhor.
Beijão!
Sarava!
Éguas desgovernadas;)
eu odeio política!
o poder que a política "empresta" aos governantes deturpa a melhor das índoles!!!
Abordagem perfeita, ao real político (generalizando, claro)!
PALANQUE
É o reino do verbo;
da verborreia;
do diferente que é igual.
O palanque aguça o nervo,
leva mesmo à apneia,
assombroso festival!
Galos por um poleiro,
o mais alto, que é melhor;
galinhas por um qualquer.
Que ter poleiro é porreiro
e não o tem só o sabedor,
que o fútil o pode ter!
Que há-de ser dos pintainhos?!:
viver rasteiros no chão?;
dizer sim, mas nunca não?...
Tenho para mim que não!
Usemos nosso bastão!,
calemos esses mesquinhos!
Carlos Jesus Gil
Olá, gostaria k comentasse novo post do "real gana".
A ambição tomou conta do ser humano. Tenho a impressão que qualquer um que assumo o governo logo se deixa tomar pela ambição. Assim como vemos em outras pessoas que não estão no governo.
beijos
Olá Cadinho!
Obrigada pelo comentário no meu blog "Três Contra Um".
Esqueceu que me conhece?
Esqueceu que você até já escreveu sobre mim??
Esqueceu que eu já trabalhei no Stúdio HP??
Lembrou de mim agora? rs
Bjux!
eles estão descontrolados!! e por aí vai a nossa pátria amada..
beijos.
Olá!
Tens razão é um filmaço, tenho até o dvd e não canso de assistir essa história tão linda.
Abraços.
Luciana
No fim das contas, o princípio, meio e fim de toda essa conversa é o poder. Quem o detém afinal? Quem é o dominador e quem é o dominado? O poder emana do povo, ok. Mas será que ele realmente tem consciência disso? Ele? Nós. Aí está outra questão importante, aquele "ele" distante, abstrato, somos nós, cada um de nós, mas, por não ter uma só cara, um só nome, às vezes, acaba sendo ninguém. Nenhum de nós. E eles. Aqueles que exercem o poder em nome de (nenhum de) nós, ficam lá, deliciando-se, refestelando-se. E o povo, dono do poder, espera. Espera que alguma coisa caia do céu. Algum ser mágico apareça pra salvar a pátria. Talvez uma égua de orelhas humanas, talvez...
P.S.: Obrigada pela visita e desculpa pela eloqüência vã. Bjin !!!
Sobem ao pódio e esquecem todo o resto, inclusive quem os colocou lá :(
lindo dia querido amigo
beijos
Texto muito bom!
Maria Luísa
Portugal
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