SEM HORA
Quando a hora é nenhuma eis que surge a hora de parar de fazer hora
SEM HORA
Brincadeira tem hora
Chuva tem hora
Mas amor não tem hora
Não senhora.
Brincadeira de quem namora
É flor que sempre aflora.
Amor é sempre agora
Sim senhora.
E não adianta querer ficar de fora
Nem dizer que vai embora
Não senhora.
Amor é rima que chora
Ri e até comemora
Sim senhora.
Belo Horizonte, 16 novembro 2008
JANELA NUA
Vontade absurda de possui-la. Mas ela parecia distante. Mas ela também parecia querer.
Uma brincadeira. Assunto levado ao entendimento da malícia. Leve provocação. Fiz que não entendi, sem entender dimensão daquele controle.
Seu corpo, insinuante. Morena esbelta de feição macia. Seios tímidos, ventre comensurado pela juventude de trejeitos sutis. Pernas naquela saia a amarrotar meus pensamentos. Sandálias nos pés pisados naquele vento praiano, areia em meu agir.
Perfume a vagar no quarto sombrio. Lá longe, barulho do mar. Estávamos sós. Havia luz vinda da janela aberta e despida de sua cortina fina. Era mais que entusiasmo. Mar parecia enfurecer. Ondas sobre o lençol percorrido por nossos corpos. Noite cúmplice de nossas carícias.
Amanhecemos abraçados. Ela era pura razão daquele sol ainda entorpecido pela aurora. Foi quando puxei a cortina e fechei a janela.
Uma brincadeira. Assunto levado ao entendimento da malícia. Leve provocação. Fiz que não entendi, sem entender dimensão daquele controle.
Seu corpo, insinuante. Morena esbelta de feição macia. Seios tímidos, ventre comensurado pela juventude de trejeitos sutis. Pernas naquela saia a amarrotar meus pensamentos. Sandálias nos pés pisados naquele vento praiano, areia em meu agir.
Perfume a vagar no quarto sombrio. Lá longe, barulho do mar. Estávamos sós. Havia luz vinda da janela aberta e despida de sua cortina fina. Era mais que entusiasmo. Mar parecia enfurecer. Ondas sobre o lençol percorrido por nossos corpos. Noite cúmplice de nossas carícias.
Amanhecemos abraçados. Ela era pura razão daquele sol ainda entorpecido pela aurora. Foi quando puxei a cortina e fechei a janela.
Belo Horizonte, 02 março 2002
31 comentários:
Um poema de rima gostosa que fica brincando no coração da gente, e o outro nos traz sentidos versos numa sensualidade que marca um momento significativo de amor. Ambos, belíssimos!
Fica um raio de luar enfeitando teus sonhos.
"Brincadeira tem hora
Chuva tem hora
Mas amor não tem hora
Não senhora.
Brincadeira de quem namora
É flor que sempre aflora.
Amor é sempre agora
Sim senhora."
Vivo correndo do amor...que boba eu sou, na verdade, sabemos que ele de repente vem...nos deixando atados a ele!
Belo texto!
Abraço.
Oi RoCo.
Que lindo!
O amor não tem hora para acontecer, não tem aquele momento "ideal". O amor é impreciso, mas quando acerta seu alvo o faz com total precisão. Amor, desejo, tesão.
Um fim de semana cheio de paixão para você.
Beijos mil! :-)
Amor não tem mesmo hora, nem tempo, o Amor é e pronto.
E que janela deliciosa de ler!
beijos e borboleteios Cadinho
Adorei o poema "Sem hora".
Bjokas!
:o)
Amor é pra toda hora...
Gostei do "Sem Hora".
Voltando aos pouquinhos, depois de afundar o meu barco, deletar tudo e recomeçar outra vez...
Gostei de ver voce sorrindo. Meu texto é exatamente sobre isto.
Otimo domingo.
Abraços.
*****
Post perfeito e que nos faz pensar...Sonhar!
Bom domingo e uma semana plena de realizações!
Beijos
*****
Cadinho Rocco
Obrigada pelo comentário ao poema
"Apenas ... Olhei! do blog:
http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt
http://os7degraus.blogspot.com
belos poemas os que escreve; linda presença quando passa por nós,
em breve, estarei em São paulo - brasil - onde tenho a m/ familia
mais directa.
"Sem hora" é a melhor forma de estar no mundo!
Gostei de o encontrar!
Maria Luísa
Sem hora
é a melhor forma de estar no mundo;
Apenas...Olhei! é um poema de amor!
Só que passou e quando o vi "Não o
reconheci"
o blogs.
http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt
agradece a sua presença.
M. Luísa
Poema gostoso de ler! Sutil e sensual. Brasileirissimo.
Vim retribuir sua visita ao Lichia Doce.
Um beijo e bom domigo!
Cadinho Roco,
poemas cheios de intensidade! muito bonitos, ambos.
tem hora? não senhora! :)
bom Domingo e melhor semana
um sorriso :)
mariam
Olá querido Cadinho Adorei o teu poema... Votos de bom Domingo... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Lindo texto enigmático!
Falando assim, amei essa camiseta personalizada com um fundo enigmático. Adoro tudo isso.
"Enigmas"
Ótimo domingo!
Saudades!
Bjokas!
Esses momentos imprescindíveis em nossa vida são como uma pílula mágica a proporcionar-nos o êxtase de que precisamos sempre para ser feliz.
Abraços fraternos.
Um poema muito bonito.
Amar de facto não tem hora...
Beijinhos,
Graça Mello
PERFECT!
Sabe quando lemos algo e caí como uma luva no que estamos vivendo? Foi exatamente a sensação que senti/me vi quando te li ... profundo, romântico, tocante, apaziguador, uau!
Por isso, que está nas minhas recomendações de leitura. AMODORO!
Beijos e um domingo "sem hora"!
Cadinho,
Estou tão feliz que nem vou comentar seu texto.
A Lys conseguiu colocar meu livro em pdf e lá está ele no meu blog. Lá, na barra lateral, logo abaixo do sobre a autora, há um link. É só clicar nele. Ficou pronto há dois anos e a partir de hoje ele será lido.
Abraços,
Odette
Belo poema, Cadinho.
Ainda bem que você não conhece mesmo os seus limites! Ainda bem que nunca os conhecemos ou seríamos muito "limitados".
Abraço.
Conseguiu traduzir a cena com sutileza sem perder os detalhes.
Brincadeira de palavras que brincam com a imaginação.
Meu beijo malvado.
:*
Cadinho Roco
"Sem Hora" e "Janela Nua", focando, de formas diferentes, abordam muito bem o mesmo campo.
Além de uma abordagem, parecendo simples e linear, não o é, atendendo a que consegues uma cadência eficaz.
Abraço,
Daniel
Oi amigo, gostei muito de seus poemas. Muito belos e expressivos, tem a cara dos poetas de Minas. Lembrou-me Drumond em alguns trechos, em outros lembrou-me mais Vinícios de Morais.
Obrigado pela visita lá no blog.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
O que fazer das horas
Senhora, sem horas
a fazer hora...
E passastes as hora na janela nua
a namorar a lua...
Um beijinho pra ti, Cadinho
Gostei do poema aí da "hora". Hehehe! De fato, é um poema da hora!
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!
RoCo, obrigada pela visita e audiencia! Visitei teu blog e adorei teus textos e poesias! Maravilhosos!
Vou adicionar um link para la aqui do meu blog ok? Um abraço!
Eliara Santos.
Obrigada!
Volte sempre!
=)
Amigo, mil gracias por tu visita, te espero siempre.
Te abrazo desde Buenos Aires con mi mejor energia.
MentesSueltas
Poema lindo....
Obrigado amigo pela sua presença em meu mundo.
Fica com Deus
Adorei ambos os poemas, muito bonitos!
"Mas amor não tem hora
Não senhora.
Brincadeira de quem namora
É flor que sempre aflora.
Amor é sempre agora
Sim senhora."
Essa foi a parte que mais gostei!
Boa semana!
Oi Cadinho!
Já me recuperei do ar condicionado, hehe!
É que fico ausente mesmo durante o final de semana. Já estou escrevendo novo post.
Beijão e ótima semana!
Um poema que não enjoamos de ler, muito bom.Obrigada pela visita, quando sentir saudade volta! beeijos
Gostei demais dos seus poemas. Uma viagem nos sentir. E quando chega a hora do amor, não tem hora, nem receio, é apenas ele dominando, até uma senhora.
beijos
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