Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DIA ATRAPALHADO

Depois que escrevi o texto Chiclete vim saber que não tem mais esta conversa de jejum para comungar não. É coisa do passado antigo demais para o que acontece hoje
DIA ATRAPALHADO
Minha vida está boa, mas este ontem foi o segundo dia que parece vindo de encomenda. O que era pra ser não foi e fiquei tempo inteiro atrapalhado. Quando é assim paro tudo e começo a rir porque situação fica previsível demais. Até encontro que confirmei não precisou de muito tempo pra ser adiado. Eu já até estranhava aquela confirmação. Quando cancelou dei risada, tomei cafezinho e acendi cigarrim de palha porque deixei o dia por conta dele.
De bom, mas de bom mesmo que fiz foi pintar camiseta. No escondido de tudo, porque se dia desse sentido bem que acharia situação pra estragar a festa.
Belo Horizonte, 04 dezembro 2008
CHICLETE
Sábado é dia de casamento. Por isso a Igreja de Lourdes encontra-se toda decorada, florida e arejada pela brisa do amor.
Antes de cumprir o calendário casamenteiro, a missa da tarde.
Igreja lotada. Ao meu lado uma mulher esbelta, linda. Cabelos escuros e refletidos por uma tonalidade ruiva ainda mais expressiva ao receber o colorido da luz que atravessa os vitrais da igreja. Alta, magra e concentrada em seu instante de oração. Ela masca um chiclete, sem perder a serenidade do seu semblante.
Depois do ofertório, a Eucaristia. Momento sublime. Ela reza com fervor. Ela masca um chiclete. Chega o momento da comunhão. Ela, sem qualquer cerimonia, tira da boca a goma e segue sem pecado para a Hóstia Sagrada.
Depois da benção, sigo meu caminho retornado ao tempo daquelas aulas de catecismo. Em mim, a proposta do jejum, para que possamos sentir com toda intensidade o sabor da comunhão com Deus. Mas ela, esquecida do jejum, comungou trazendo em seu paladar a doçura de um chiclete. Mas Ele a perdoou, por perceber que ela naquele instante trazia o hálito da ingenuidade, livre de qualquer culpa.
Belo Horizonte, 18 junho 2002

26 comentários:

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Há dias em que o melhor mesmo é fazer uso dos dons que Deus nos presenteou.


Quanto a linda moça da missa será que O Todo Poderoso se preocupa com o que se come,se masca?Penso que se preocupa com nossos atos e pensamentos.

Beijos,Sonia Regina.

Anônimo disse...

Olá! Passando pra te convidar para visitar o blog, com novo layout e atualizações :)

Agora o Hype! envia novidades via e-mail. Se quiser receber os informativos é só comentar deixando o seu e-mail ;)

Beijos! Te espero por lá!

Anônimo disse...

Humm eu tenho dias assim. Andam a me perseguir. Acho que vou começar a usar a mesma arma que você: vou rir. Se não melhorar, pior também não vai ficar.
Bjos

Anônimo disse...

Sabado será mesmo dia de casamento, a igreja está mesmo enfeitada!

Andreia disse...

Um bom dia para ti!

A Madrasta Má disse...

Dia atrapalhado... quem já não teve um, dois, três.... rsrsrs ainda bem que vc tem a sua arte para aliviar!

Acredita que já engoli chicletes durante a missa? pois é... quando percebi estava com o "bendito" na boca!

Bjinhos da Madrasta!

Carla disse...

há dias atrapalhados mesmo...o que vale é que não é sempre.
Quanto aos factos limitativos de comunhão confesso que os que sabia já esqueci
beijos

Anônimo disse...

Menos rigor e mais risos ao nossos dias!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net

Afrodite disse...

Obrigada pelas suas palavras gentis e de ânimo...ás vezes é tudo que se precisa ouvir!!
Talvez não saiba o bem que fez ler o que me escreveu...por isso vim aqui te dizer!
Obrigada,amigo!De coração!
Um beijo!

Anônimo disse...

Passando para dar uma espiadinha no seu cantinho..rs
Bjo

http://fatosepapofurado.zip.net/

Paula Barros disse...

Um belo texto o do chiclete, e a observação do jejum.

Quanto ao dia atrapalhado, que bom que conseguio sorrir. Tem momentos que é precisamos sorrir mesmo, e as vezes até agradecer, imaginar que algo podia ser pior, e que assim nos livramos.

abraços, dia melhor.

Anônimo disse...

Oi Eu sou bastante praticante mas não ligo muito a todos os pequenos pormenores... Como o jejum. Acho importante que não comam 2 segundo antes de ir à missa mas se calhar a mulher tinha mau hálito e estava a tentar disfarçar :)
Não tem problema nenhum esses pequenos pormenores... nesse momento o que interessou foi a intensão.
Beijos e abraços

neide disse...

Meu amigo, quem nunca teve dia que seria melhor não levantar da cama?
Já tive vários e como você, também sorrir pra espantar os ventos não bem vindos, depois de uma bela risada tudo melhora,te alivia as tensões e ainda ajuda a pensar.

bjs no coração

jorginho da hora disse...

Menino roco, perceber a ingenuidade das pessoas àz vezes é fácil, o dificil é ter boa vontade para acreditar nela. Aliás, malícia parece ter virado
sinônimo de inteligencia.
Um abraço!

Anônimo disse...

Olá!
Mt obrigada pela visita la no meu blog!!
Sobre a música, eu tb concordo com vc, a mulher q canta junto valoriza e muito a música!!

Dias assim são ruins...e td mundo ja passou ou vai passar por eles...é um fato.

bjoo ;*~

meus instantes e momentos disse...

Muito bom ( como sempre )
Tenha uma ótima tarde.
Abçs
Maurizio

Anônimo disse...

ainda bem que vc tem como espairecer qndo tudo esta errado. eu me descontrolo toda rsrs.
dias melhores pra sempre!!

bjosss...

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Eu acho que a pureza está no coração, não no jejum!
beijos e borboleteios querido

Tentativas Poemáticas disse...

Olá amigo
Caricato também é estarmos na missa e a ouvirmos os toques mais aberrantes dos telemóveis. Já assisti ao padre, durante a eucaristia, desviar a batina e retirar do bolso, à pressa, o seu telemóvel que se havia esquecido de desligar.
Um abraço.
António

Anônimo disse...

Cadinho,
Esperei o fim do dia para entrar no seu blogue para ver se, antes, escrevendo, fizesse uma catarse. Deu certo, termino o dia dizendo que ele valeu a pena. Quanto ao jejum isto é algumas das coisas que abomino na forma como a Igreja se punha para nós,católicos, antigamente. Lembro-me que devia ter uns quatorze anos e fiquei estudando até além da meia noite. Às doze e dez, como se estivesse com fome descasquei uma mexerica e comi. No dia seguinte, antes de ir comungar achei melhor ir confessar o meu "pecado":chupei uma mexerica depois da meia noite. O padre não me absolveu e fiquei sem poder comungar. Tenho outros exemplos tão absurdos quanto este, e agora minha religião é feita das minhas próprias convicções. Sou eu quem decide o que é certo e errado.
Espero que seu amanhã seja melhor que ontem e hoje.
Abraços,
Odette.

Kel disse...

Dias ruins e atrapalhados fazem parte, depois que terminam, a gente faz é rir ;D

Cris disse...

Já imaginou se tudo fosse cartesianamente perfeito? Você é normalll!!!

beijo

Izinha disse...

Há dias assim mesmo...

prá mim é o coração q faz todo o sentido.

bjos!

Mikas disse...

Obrigada pela visita. Tem textos muito bonitos no seu blog.

Um abraço.

Anônimo disse...

sino entendí mal, porque me cuesta horrores entender el portugués....
la novia tenía una goma de mascar durante la boda??????

por favor aclárame esta situación??????gracias.......
un abrazo

xistosa, josé torres disse...

Quando me acontece o mesmo, um dia atrapalhado, páro o relógio e deixo o dia correr.

(Sou eu que o páro.
Se fosse eu a parar, perdia o relógio ... se ele continuasse a trabalhar)

Só volto a pô-lo em funcionamento á noite.
Que dia grande e tanto que se faz sem tempo ...

Não sei o que é isso do Cáta quese.
Deve ser erro de grafia.
Eu também gostos de catar, com palito, cubos de queijo.

Aborrecido e muito é tê-los de empurrar com um tinto a condizer com o queijo.
Mas se for muito não me importo ...

(andei fugido. Por isso não tenho aparecido.
É o maldito coração que se apaixona por tudo o que vê e pensa.
Agora quer ir ao "açougue", para me fazerem um bypass.
Ou dois.
Um para tinto, outro para cerveja.
Alemão de preferência.
Têm menos gás que as portuguesas e espanholas e na minha idade ...

(Desculpe, estou a escrever sobre cervejas)

Até já!