CAMISETA QUE PINTO
Toda dor é sinal de incômodo
CAMISETA QUE PINTO
CAMISETA QUE PINTO
A dor que sinto é silenciosa e paciente. Vem e traz consigo permanência quieta e constante. Incomoda e impacienta lentamente.
A dor que sinto não sai e nem passa por onde passo quando então estampo imagem na camiseta. Este meu pronunciamento de cores e formas traduz alívio. É aceno de entrega, crença no encontro que cedo ou tarde acontecerá com quem não sei.
Pintura que faço em cada camiseta é entrega que não escolhe lugar nem hora para ser escolhida adquirida por quem irá leva-la para onde quiser.
Camiseta que leva pintura que crio, oferece disposição a quem dela quiser fazer uso.
A dor que sinto não sai e nem passa por onde passo quando então estampo imagem na camiseta. Este meu pronunciamento de cores e formas traduz alívio. É aceno de entrega, crença no encontro que cedo ou tarde acontecerá com quem não sei.
Pintura que faço em cada camiseta é entrega que não escolhe lugar nem hora para ser escolhida adquirida por quem irá leva-la para onde quiser.
Camiseta que leva pintura que crio, oferece disposição a quem dela quiser fazer uso.
Belo Horizonte, 19 fevereiro 2009
ASAS DA ESTRADA
Na estrada um enorme silencio vindo de ninguém e de lugar nenhum. Na estrada o escuro da noite é sombra de árvore e chão numa mistura de indecifráveis cores que ainda assim revelam sonhos. Olhos esbugalhados de uma possível coruja escondida no mato árvore de galhos que escondem seu pouso.
No repouso das idéias o lugar algum dessa estrada que está entre cidade e outra, cada qual com sua história, sua gente e seu jeito de ser. No despertar das cogitações a estrada que também parece adormecida e completamente esquecida do mundo. Agora, ninguém passa por ela. Mas como mundo não é só feito de homem e mulher, eis que surge alguém. Um felino faminto, um roedor inquieto ou um cão perdido em sua própria busca.
No escuro da incerteza, a estrada exala chuva que poderá aparecer de repentino clarão. Do relâmpago o reflexo do bicho que foge da estrada. E o silencio troveja fazendo coruja voar.
No repouso das idéias o lugar algum dessa estrada que está entre cidade e outra, cada qual com sua história, sua gente e seu jeito de ser. No despertar das cogitações a estrada que também parece adormecida e completamente esquecida do mundo. Agora, ninguém passa por ela. Mas como mundo não é só feito de homem e mulher, eis que surge alguém. Um felino faminto, um roedor inquieto ou um cão perdido em sua própria busca.
No escuro da incerteza, a estrada exala chuva que poderá aparecer de repentino clarão. Do relâmpago o reflexo do bicho que foge da estrada. E o silencio troveja fazendo coruja voar.
Belo Horizonte, 07 janeiro 2004
25 comentários:
...silenciosa e paciente...
Assim é dor.. Está lá... no fundinho da nossa lama! Não adinata falar que vai passar porque
não passa...
...quieta e constante...
É preciso aprender a conviver com ela...
Um beijo na alma!
Estradas a noite podem ser tão emocionantes, principalmente com a companhia certa...
Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.
Porque colocas tua alma nos desenhos que fazes!
Um beijo amigo e bom carnaval, querido
Querido Cadinho, que lindo... vc faz a sua arte com o coração é por isso!!! parabéns!!! Bjinhos da Madrasta!
PS.: estive pensando numa camiseta Madrasta Má por cadinho Rocco, seria possível, obter tal honra desse artista?!!!
Lindo poema.
A dor realmente é sinal de incômodo. Literalmente. Há poucos dias vi uma reportagem que relacionava nossas comuns dores de cabeça, febres, viroses, a alterações psicológicas, ou seja: quando não "botamos para fora" o que estamos sentindo, o corpo arranja uma maneira de manifestar.
=D
Abraço,
Cadinho,
Dor e silêncio. Será que elas se complementam? A dor é muda, avança como o som imperceptível dos passos do felino. O silêncio faz ecoar a dor que lateja, que martela incessantemente. Realmente, dor e silêncio se complementam.
Abraços,
Odette.
Oi, Cadinho...
Gostei do silêncio que troveja. Conheço alguns.
Bom feriado. beijão.
Sempre coerente.
´O dia ficará desbotado
o sol derreteu-se em lágrimas
vida descolorida
lágrimas feridas
a dor oceana o peito,
que sangra,
troveja!
Silêncio rompido
amor interrompido
dói peito
dói alma
sem dó de mim...`
Silenciosa ... mas a vontade de sair gritando é imensa. Faz tempo que não passo por aqui. Sempre bom visitar teu blog. Bjs
No momento estou com tamanha dor de cabeça que mal consigo pensar em um comentário pertinente aos seus textos. Fica pra próxima.
a dor fere, mas também nos deixa apreciar melhor a alegria
beijos e bom carnaval
NO CARNAVAL, EU QUERO É SACANAGEM
Resolvi fazer uma denúncia grave: Os atores de filmes pornôs estão com suas vidas sexuais comprometidas. É verdade! O carnaval, época de promiscuidades segundo a ortodoxia mais próxima a você, vem recheada de sacanagens.E das grandes. Eu, que sempre achei que o problema era o bumbum de fora, os seios declarando independência; as marchinhas de duplo sentido dentre tantas outras coisas, me sinto completamente enganado. Não deve ser fácil para o profissional do sexo, brochar mediante tamanha concorrência, praticada com tanto profissionalismo e incomparável destreza. A sacanagem não é mais a tradicional, aquela com o casal se esforçando ... mais em www.privadapopular.blogspot.com
passa la
Viajando pelas estradas da vida... na companhia das ideias e dos reflexos...
Um forte abraço!!!
Acreditar e seguir sempre em frente!
Beijos
Olá meu querido Cadinho, passando pra avisar que amanhã estou indo viajar e devo ficar uns dias fora do ar ok?
Quando retornar volto a fazer minhas visitinhas aos amigos!
Um beijão!
Por que você escreve feito índio?
Essas dores machucam demais.
Nada como um dia após o outro.
Beijinhos!
e as camisetas de carnaval como andam? olha depois do carnaval to em bh.
bjosss...
"No escuro da incerteza, a estrada exala chuva que poderá aparecer de repentino clarão..."
Cadinho, fiquei aqui "matutando" (coisa de mineiro, uai) O quanto a nossa estrada, essa famosa estrada da vida, não é assim tb...
Silenciosa, escura, movimentada, esburacada, alfaltada ( as vezes, pelo piche grudento do amor)...rs
Iluminada por clarões de tempestades violentas...
O texto é lindo, mas não resisti a atentação de uma filosofia de botequim...rsrsrs
Coisas da madrugada...
Beijos!
O silêncio trovejar é lindo!!!
Eu gosto da companhia de corujas... E gosto de chuva... Acho q quero andar nessa estrada!
beijos e borboleteios
Da dor e inquietude vc transforma em arte e faz com que as pessoas que usufruam sintam energias positivas...
continue a transformar energias, o mundo seria melhor se todos fossem assim...
Catalisador.. da dor em arte..
Bjoss
Meu Deus como tudo seu é tão lindo.
Porque voce não põe suas palavras nas suas camisetas, as vezes os olhos alheios não tem a mesma leitura que os seus, mas suas palavras atravessam fios.
Vim agradecer a visita, e sim...que o carnaval venha com tudo!!!
Bom carnaval.
Beijos
Alice
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